CULTURA
Os personagens inesquecíveis de Raul Cortez na TV
Por Agencia Estado
Raul Cortez participou de JK, minissérie exibida no início do ano, mas o último trabalho em ritmo intensivo de gravações foi Senhora do Destino (2005), de Aguinaldo Silva, que teve de ser interrompido em função da doença. Interpretava um personagem em extinção: o Barão Pedro Correia de Andrade, falido financeiramente, mas rico em valores de vida e de elegância rara.
Nos últimos dez anos, alguns dos papéis mais memoráveis na TV estão nas novelas de Benedito Ruy Barbosa, que não quis comentar a morte do ator. Do adorável italiano Berdinazzi de O Rei do Gado (1996) veio o signore Francesco de Terra Nostra (2000) e depois mais um italiano, Genaro, em Esperança (2002).
Raul estava na TV desde os idos da Excelsior, emissora pioneira em telenovela e na profissionalização do negócio. Lá fez, em 1966, a novela Ninguém crê em Mim. Depois, na Bandeirantes, fez Os Miseráveis, adaptação de Walther Negrão para o clássico de Victor Hugo. Passou anos com a turma do Sumaré, atuando nas novelas da Tupi - Toninho On The Rocks (1970), Vitória Bonelli (1972), de Geraldo Vietri, A Volta de Beto Rookfeller (1973), de Bráulio Pedroso, Xeque Mate (1976), de Negrão e Chico de Assis, e Tchan! A Grande Sacada (1976), de Marcos Rey.
Seu ingresso na TV Globo se deu pelas mãos de Gilberto Braga, em 1980, por Água Viva - e vale lembrar do cirurgião Miguel Fragonar de Água Viva, de Gilberto Braga. Fez Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos, Jogo da Vida (1981), de Silvio de Abreu, e a minissérie Moinhos de Vento (1983), concebida por Walter Avancini e escrita por Daniel Más, Leilah Assunção e Luciano Ramos.
Ainda em 83, seguiu para a TV Bandeirantes, rumo à novela Sabor de Mel, de Jorge de Andrade. Voltou à Globo com Partido Alto (1984), de Aguinaldo Silva e Glória Perez. Emendou então Brega e Chique (1987), de Cassiano Gabus Mendes, a Mandala, no mesmo ano, de Dias Gomes. De Silvio de Abreu, fez ainda Rainha da Sucata (1990) e As Filhas da Mãe (2003).
A safra de minisséries inclui A.E.I.O.Urca (1990), de Doc Comparato e Antonio Calmon, O Sorriso do Lagarto (1991), de Walther Negrão e Geraldo Carneiro, As Noivas de Copacabana (1992), de Dias Gomes e Ferreira Gullar, além de ter narrado em primeira pessoa, na voz de Eça de Queiroz, Os Maias (2001), adaptada por Maria Adelaide Amaral.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes