MÚSICA
Paulinho Pedra Azul faz dois shows no Sesi nos seus 70 anos
Gerações mais recentes devem conhece-lo por remake da novela Renascer
Por Chico Castro Jr.
Veterano de uma MPB transbordante de romantismo e delicadeza, o cantor e compositor mineiro Paulinho Pedra Azul faz duas sessões do seu show 70 Anos em Salvador, amanhã e sexta-feira, no Teatro Sesi Rio Vermelho.
Gerações mais recentes devem conhece-lo pelo recentemente finalizado remake da novela Renascer, que incluiu sua canção de maior sucesso, Jardim da Fantasia, na trilha sonora. Lançado em 1982, o LP Jardim da Fantasia teve participações de Diana Pequeno, Heraldo do Monte, Dominguinhos, Claudio Bertrami e arranjos de Wagner Tiso e Klécius Albuquerque, abrindo uma discografia que hoje já conta com quase 30 álbuns.
Além de músico, Paulinho também é artista visual, com centenas de telas pintadas, e escritor, com 18 livros publicados. No momento, Paulinho prepara um álbum triplo para celebrar seus 70 anos e revisar toda a sua carreira.
“Sim, eu tô lançando meu trigésimo disco de carreira, que é uma coletânea com 40 faixas, para comemorar os 40 anos de carreira – no caso agora são 42, mas a gente continua falando que é 40”, ri Paulinho, em declaração ao jornal A TARDE.
“Essas 40 músicas fazem parte de uma certa forma do ‘lado B’ da minha carreira, músicas que as pessoas não escutaram muito, que não levaram muito a sério, talvez por ser um lado diferente meu, mais jazzístico, mais samba, chorinho e tal”, acrescenta.
Minas / Bahia
Nos shows de amanhã e sexta-feira em Salvador, Paulinho vai dar uma geral em sua carreira e homenagear alguns parceiros e ídolos. “Vou cantar músicas do começo da minha carreira, dos primeiros discos, e vou cantar algumas coisas também dos últimos e algumas coisas inéditas. E vou estar homenageando também Godofredo Guedes, Elomar, Bebeto Guedes, meu ídolo, meu amigo. Vou cantar algumas coisas assim, que possam lembrar essas décadas de 1970 e 80, que foi quando eu comecei minha carreira”, conta.
“Vou cantar também uma música que eu fiz para a Bahia, Me Chama Que Eu Vou Para a Bahia. A minha família toda, praticamente toda, nasceu na Bahia. Nós somos oriundos da Bahia. Jequié, Salvador, e tenho parentes que moram até hoje nessas cidades. Meu pai é de Jequié, minha avó é de Condeúba. Então a gente tem uma ligação muito forte”, relata.
Localizado no Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais, o município de Pedra Azul deu ao mundo o artista Paulinho (nascido Paulo Hugo Morais Sobrinho), e a Paulinho, seu nome artístico. Bem próximo ao sudoeste baiano, Pedra Azul sofre muita influência da cidade grande mais próxima, a baiana Vitória da Conquista. “A influência cultural toda era da Bahia, então a gente tem uma forte influência baiana. Até me chamam de baiano de vez em quando. Pedra Azul é a última cidade do nordeste de Minas na divisa com a Bahia, e Vitória da Conquista é a primeira cidade do sudoeste da Bahia”, diz.
“Então é isso, vou cantar, vou contar alguns causos, vou bater papo com a plateia, receber sugestões de músicas que às vezes eu posso esquecer de cantar. Vai ser um show muito descontraído, onde eu vou poder mostrar essa experiência aí desses 40 e tantos. O show não tem um repertório definido, vai ser de acordo ao tempo que eu vou estar no palco. Vou lembrando das coisas, vou cantando, vou mudando o repertório de acordo com o que rolar, uma coisa bem espontânea” conclui.
Show Paulinho Pedra Azul - 70 ANOS / Amanhã e sexta-feira (04), 20h / Teatro SESI - Rio Vermelho / R$ 100 e R$ 50 / Vendas: Sympla
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