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CULTURA

Programa Rouanet da Juventude abre inscrições para formar agentes culturais

Oficinas vão acontecer entre os próximos dias 15 e 16 de abril

Por Gláucia Campos*

08/04/2025 - 8:05 h
Clessia Lobo, sup. de Educação e Cultura do SESI: “Programa amplia possibilidades de financiamento, fomenta a produção artística”
Clessia Lobo, sup. de Educação e Cultura do SESI: “Programa amplia possibilidades de financiamento, fomenta a produção artística” -

A Bahia está entre os estados incluídos na primeira edição do Programa Rouanet da Juventude, criado pelo Ministério da Cultura (MinC) para apoiar projetos culturais voltados à formação de jovens entre 15 e 29 anos. No estado, o programa vai oferecer oficinas de capacitação para agentes culturais nos próximos dias 15 e 16 de abril.

Em Salvador, os encontros acontecem de forma presencial. Quem estiver em Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro ou Vitória da Conquista poderá acompanhar tudo direto das unidades do SESI nessas cidades. Além da formação, o programa vai financiar projetos culturais. Podem participar iniciativas nas áreas de artes cênicas, música, artes visuais, audiovisual, humanidades, patrimônio cultural, museus e memória. Cada projeto poderá receber até R$ 200 mil.

As inscrições podem ser feitas até 30 de abril próximo pelo salic.cultura.gov.br.

Segundo a superintendente executiva de Educação e Cultura do SESI, Clessia Lobo, o impacto do programa é significativo para os jovens. “Para os jovens em situação de vulnerabilidade social, esse programa representa uma oportunidade concreta de acesso à cultura, ao desenvolvimento de habilidades artísticas e novas perspectivas de vida. Para os agentes culturais, o programa amplia as possibilidades de financiamento, fomenta a produção artística local e valoriza as expressões culturais da juventude baiana”, afirmou.

Já Armando da Costa Neto, diretor-superintendente da instituição, destaca o diferencial do programa, que está na convergência entre os campos da educação e da cultura, áreas estratégicas para a atuação da entidade. “Quando essas duas áreas caminham juntas, o jovem deixa de ser apenas um receptor de conteúdos e passa a ser um protagonista de sua própria trajetória. Desenvolvem competências como trabalho em equipe, planejamento, comunicação e liderança – habilidades que impactam sua trajetória profissional e pessoal”, explicou.

Para todos

Para a realizar as oficinas, foi pensada uma logística de atuação com unidades-polo em Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro e Vitória da Conquista, onde acontecerão oficinas de capacitação presencial e por transmissão ao vivo nos dias 15 e 16. Cada oficina terá três horas de duração e abordará desde a formatação do projeto até sua execução e a prestação de contas.

A ampliação para outras cidades seria uma forma de garantir a diversidade que é exigida pelo edital, de que pelo menos 50% dos projetos incluam públicos prioritários, como mulheres, pessoas negras, indígenas, quilombolas, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência. “A proposta é que os projetos culturais nasçam com um propósito social claro: valorizar a diversidade local, promover inclusão e dar visibilidade a vozes historicamente marginalizadas”, explicou Joana Fialho, gerente de Cultura da instituição.

Joana detalhou os conteúdos das oficinas e reforçou que o programa vai além do ensino técnico. Os participantes aprenderão desde o processo de inscrição no edital até a execução e prestação de contas dos projetos. “A capacitação oferece ferramentas práticas e objetivas. Mais do que isso, estimula os participantes a pensarem seus projetos com um olhar voltado para a cidadania, diversidade e transformação social”, afirmou.

Fialho também destacou que o modelo do programa – com financiamento já assegurado – representa um avanço no acesso à Lei Rouanet. “Ao eliminar a etapa de captação, o programa reduz drasticamente a burocracia e democratiza o acesso, permitindo que o foco esteja na qualidade das propostas. Isso pode revelar talentos e estimular a entrada de perfis historicamente excluídos das políticas públicas de cultura”, disse.

Para ela, o Programa também pretende criar redes colaborativas entre os participantes, fortalecendo o ecossistema cultural baiano. “Essa é uma oportunidade de costurar conexões entre territórios distintos, promovendo uma cultura de cooperação que ultrapassa os muros das instituições e chega às comunidades”, reforçou.

A voz da juventude

Entre os públicos contemplados, estão também os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendidos pelo SESI. Para Clessia Lobo, a inclusão desse público é importante para reforçar o caráter democrático do projeto.

“Esses alunos passam a ter acesso a conhecimentos técnicos sobre produção cultural, além de uma nova perspectiva de pertencimento e protagonismo. Muitos poderão se tornar agentes culturais em suas próprias comunidades”, observa.

A expectativa do SESI é capacitar até dois mil agentes culturais em todo o estado. Segundo Armando, os desafios logísticos e de acessibilidade digital foram mapeados desde o início, e o programa foi pensado para oferecer suporte contínuo.

“Nosso objetivo é não apenas executar as metas, mas superá-las em termos de diversidade e qualidade dos projetos apresentados. Estamos falando de um investimento na juventude que vai reverberar por muitos anos. A arte tem esse poder de transformar vidas, de fortalecer comunidades e de criar pontes onde antes havia muros. O que está sendo plantado agora pode florescer em formas culturais que ainda nem imaginamos”, aposta Armando da Costa Neto.

Assim como ele, Joana Fialho disse que espera que o programa deixe um legado a longo prazo ao final de sua execução. “A gente espera incentivar uma nova geração de agentes culturais qualificados. Muitos desses jovens e agentes, especialmente os do interior e de contextos periféricos, terão pela primeira vez acesso a esse tipo de formação, o que pode significar uma virada em suas trajetórias pessoais e profissionais”, concluiu Joana Fialho.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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