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CULTURA

"Reality show" religioso põe tentações no caminho de jovens seminaristas

AFP

Por AFP

25/04/2006 - 16:29 h

Deus finalmente chegou aos "reality shows" da televisão americana contra todos prognósticos e, por mais estranho que pareça, o programa conta com o apoio entusiasmado da Igreja Católica Romana.



"God or the Girl" (Deus ou a Mulher) confronta quatro jovens seminaristas católicos com suas libidos durante as quatro semanas anteriores à ordenação como sacerdotes, quando assumirão o voto de castidade.



Nos primeiros dois episódios, oportunamente transmitidos no Domingo de Páscoa no canal a cabo A&E, Joe, Dan, Steve e Mike se depararam com as tentações da vida secular, incluindo as ex-namoradas.



O programa começa com intensa música dramática, imagens de um crucifixo e um celestial céu salpicado de nuvens, enquanto um incensório se move como um pêndulo.



"São brilhantes, jovens atléticos com ambições, amigos para se divertir, e inclusive mulheres com as quais poderiam querer se casar. Mas sob essa aparência, estão confusos tentando decidir se são chamados para uma atividade completamente diferente", ressalta o programa.



O programa "capta a tensão, o terror e o triunfo" dos quatro "na luta final antes da escolha mais importante de suas vidas", diz o apresentador.



O mais torturado é Joe, de 28 anos. No primeiro capítulo do programa viaja para a Alemanha para a celebração do Dia Mundial da Juventude Católica, onde espera se encontrar com uma alemã, por quem manteve uma paixão platônica.



Dan, de 21 anos e cabelos compridos, deixou de sair com mulheres e se uniu a uma jornada de orações em frente a uma clínica de abortos. Ele mesmo decide pôr à prova sua própria fé caminhando 30 km com uma cruz de 40 kg nas costas.



Steve tem 25 anos e aspecto de menino. Sonhava em se tornar milionário. Agora, quer esquecer as noites de farras e ser curado. E Mike, de 24 anos, não sabe se fica com sua namorada Aly ou se toma o caminho indicado por seu mentor, um pároco visivelmente oposto à influência de Aly.



O programa está muito distante do "Temptation Island" (A Ilha da Tentação), um "reality show" onde casais de jovens atraentes são formados em um paraíso tropical.



Após a estréia de "God or the Girl", a crítica elogiou o programa por não ter seguido na direção do "vale tudo" dos "reality shows" americanos, como "The Swan" (O cisne), que transforma jovens pouco atraentes em verdadeiras Barbies.



O jornal The New York Times comentou que "God or the Girl" "banaliza a decisão (de se tornar um religioso) e as profundas crenças" que envolvem essa passagem.



"Ainda assim, o programa poderia ter sido muito pior", acrescentou.



Ironicamente, o comentário mais positivo foi feito pela própria Igreja que, após o escândalo dos sacerdotes homossexuais, teve problemas para recrutar seminaristas e viu nesta proposta um meio para captar uma audiência inédita e divulgar anúncios publicitários sobre a fé.



"Finalmente a tele-realidade se encontrou com a religião!", aplaudiu a Conferência Episcopal dos Estados Unidos. "A série oferece um tratamento respeitoso a uma passagem importante da vida...", informaram os bispos, comparando-a com um documentário "sério" da televisão pública americana.



"Os produtores fizeram tudo o que era possível para atrair o telespectador com ganchos comerciais e suspense no fechamento (dos blocos). E se estes métodos obtêm uma ampla audiência para uma atípica série baseada na religião, por que não?", acrescentaram.



Depois de tomar conhecimento da posição dos bispos, a Liga Católica de Religiões e Direitos Civis parou de criticar o programa e as promoções que exibiam uma garota que usava uma camiseta justa.

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