ARTE BRASILEIRA
Solar Ferrão recebe exposição ‘Hãhãw: Arte Indígena Antirracista’
Exposição é aberta ao público e ficará disponível até o dia 23 de julho
Por Carla Melo
Exibida pela primeira vez no Museu de Arte Sacra da Bahia, em novembro de 2022, a exposição Hãhãw: Arte Indígena Antirracista, feita por 26 artistas de origem indígena, e curada por Yacunã Tuxá e Ziel Karopoto, estará a partir da próxima terça-feira, 23 de abril, no Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho.
A exposição é aberta ao público e ficará disponível até o dia 23 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. A abertura contará com a apresentação de uma performance de Olinda Tupinambá e Ziel Karapoto. A expectativa é receber mais de 50 mil pessoas, entre turistas, escolas e apreciadores de espaços culturais.
Hãhãw: Arte Indígena Antirracista faz parte do projeto de pesquisas CARLA: Culturas de Antirracismo na America Latina, em rede com a Universidade de Manchester (Reino Unido), a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Nacional da Colômbia e a Universidade Nacional de San Martín (Argentina). O trabalho de arte brasileira reúne objetos, pinturas, desenhos, esculturas, vídeos e performances de artistas indígenas, os quais também foram expostos no Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza - Hãhãwpuá.
Na mostra estão reunidos artistas de povos de diferentes contextos, biomas e regiões, com destaque para a presença indígena no nordeste brasileiro: Pataxó (BA), Tupinambá (BA), Pataxó Hãhãhãi (BA), Tuxá (BA), Baniwa (AM), Wapishana (RR/PR), Guarani (MS), Terena (MS), Kaiapó (PA), Xukuru (PE), Karapotó (AL), Tremembé (CE), Kariri (CE), Anacé (CE), Pankararu (PE), Atikum (PE), Pankara (PE), Karão Jaguaribaras (CE).
Para a gestora e curadora do Centro Cultural Solar Ferrão, Adriana Cravo, a presença da exposição, que alinha o posicionamento e luta dos povos originários à caminhada contra o racismo anti- indígena, vai de encontro com o propósito do espaço, que é “falar sobre nossas origens”.
“Receber essa ocupação indígena, composta por 26 artistas, em um patrimônio que representa a nossa colonização é muito relevante e traz a perspectiva da luta indígena para o centro das discussões, no nosso centro histórico, que é um espaço de resistência”, aponta a gestora.
Confira algumas pinturas da exposição:
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