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DETALHE TÁTICO

O velho texto batido

Por Jornalista l [email protected]

10/04/2018 - 7:46 h

Inventar apelidos pejorativos, fazer dancinhas, partir para obscenidades, xingar, protagonizar discussões intermináveis, comemorar gol entoando cântico contra o adversário e não a favor de seu time, apelar, baixar o nível, partir para a porrada; depois, se arrepender. Desde que comecei a entender melhor as coisas, lá para meados dos anos 1990, isso é texto batido dentro da rivalidade Ba-Vi.

Aí, é necessário interpretar. Uns vão achar certas provocações exageradas, outros acharão normal, alguns vão chamar pancadaria de vexame, outros podem dizer que é algo que simplesmente acontece. Sobre os episódios de 2018, enumero: não vejo nada de mais na dancinha de Vinicius; achei extremamente irresponsável sua provocação na internet antes do primeiro clássico; os jogadores do Vitória perderam as estribeiras e tiveram reação desproporcional ao partir para a briga; a briga é ruim, mas não o fim do mundo; adoro as provocações mútuas entre torcedores; não acho natural a institucionalização das piadinhas, não me convencem; as duas diretorias não contribuíram em nada para diminuir o acirramento do clima pesado; os dois clubes erraram muito, mas o Vitória foi pior, e por isso mereceu perder o título (não dá para engolir o abandono forçado de campo, a campanha do ‘contra tudo e contra todos’ e as pedradas de domingo).

Mais comum que os problemas extra-futebol é a velha frase pós-Estadual: “esses times não vão para lugar nenhum no Brasileiro” – ou, como diria o amigo e vidente Casé, “os dois caem”. Não é bem essa a previsão que faço, mas é fato que toda a celeuma que cercou os primeiros Ba-Vis do ano ofuscaram as análises de campo. Convenhamos, a final deste domingo foi péssima, dura de assistir. O Rubro-Negro tem elenco de rebaixado, mas pode se salvar por conta de algumas boas soluções táticas que aparecem de vez em quando. Já o Tricolor possui melhores peças, porém, tende quase sempre à apatia, dificilmente faz tudo que pode.

Como uma singela homenagem ao campeão, proponho nesta coluna encontrar um ponto positivo em especial na atuação do Bahia de anteontem. Já abordei o crescimento que o time teve com o ingresso de Marco Antônio, que, além de habilidoso, copia o papel ativo de Zé Rafael e faz a equipe ter apoio defensivo e transição competente dos dois lados. Também vejo nos laterais Nino e Léo boa capacidade de apoiar sem deixar grandes brechas na defesa. Mas, no jogo do Barradão, prefiro destacar a evolução dos volantes – algo emblemático na melhora do Esquadrão em relação ao início da temporada.

Atitude dos atletas

Na estreia em 2018, a equipe mostrou fragilidade justamente por apostar numa dupla de protetores de zaga – na ocasião, eram Edson e Nilton. A saída de bola era lenta e sem objetividade. Isso fez o técnico Guto Ferreira trocar o 4-2-3-1 pelo 4-1-4-1, promovendo Gregore (injustamente excluído da esquisita seleção oficial do Campeonato Baiano). Com o tempo, Guto foi percebendo que o problema não era o esquema, mas a atitude dos atletas. Com o impulsivo Gregore atuando entre as linhas, o time tinha ficado vulnerável. Por isso, Elton entrou, o 4-2-3-1 voltou, a equipe ganhou em consistência e não perdeu na parte ofensiva.

Imagem ilustrativa da imagem O velho texto batido

O prêmio foi o gol do 1 a 0 no Barradão. Se Gregore é bom em roubar a bola, carregá-la à frente e acelerar o jogo, Elton é sóbrio, dificilmente vacila na marcação e se movimenta de forma inteligente quando não tem a posse da redonda. No lance do tento que anotou, em um contra-ataque, ele se encontrava bem próximo à área defensiva quando Tiago cortou cruzamento de Fillipe Soutto. A partir dali, teve toque de Zé Rafael, chutão de Léo e, já no campo de ataque, uma bela trama envolvendo Edigar Junio, Vinicius, Zé e Marco Antônio. Enquanto isso acontecia, Elton percorria cerca de 75 metros para, no fim, adentrar a pequena área do rival e aproveitar o rebote para dar o triunfo ao Bahia.

Isso foi bom, mas a insegurança da zaga, a fase técnica questionável de jogadores como Zé e Edigar, e o funcionamento não muito bem resolvido do ataque sem centroavante de ofício deixam um ponto de interrogação na equipe sobre o restante do ano.

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