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DETALHE TÁTICO

Prende ou solta?

Por Jornalista l [email protected]

05/06/2018 - 7:36 h

Esqueçam um pouco Sérgio Moro, Gilmar Mendes e outros controversos personagens do nosso cotidiano político atual. Agora, a duas semanas da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, quem tem as ‘algemas da justiça’ nas mãos é o técnico Tite.

O amistoso deste domingo com a Croácia evidenciou o dilema, a dúvida que o treinador carregou por dois anos até as vésperas da maior competição do planeta. Talvez fosse melhor ter decidido antes, mas voltar no tempo, obviamente, não é uma opção.

Diante dos croatas, Tite, com Neymar no banco, mandou a campo um time com a formação que manteve durante a maior parte do seu trabalho: com Casemiro entre as linhas de defesa e meio-campo, e dois volantes à sua frente, Fernandinho e Paulinho. A diferença é que antes jogava Renato Augusto, mais técnico, no lugar de Fernandinho, jogador de maior força.

A equipe ficou presa na marcação alta e compacta da Croácia. A bola dificilmente passava pelo meio-campo. Quando chegava ao armador Philippe Coutinho, geralmente ele se via apertado por um adversário e, incomodado, acabava perdendo a bola. Ao tentar sair jogando, sempre de forma lenta e com muitos passes laterais ou para trás, o Brasil foi desarmado perigosamente em 14 ocasiões (confira no infográfico os lugares do campo onde os croatas tomaram a redonda dos brasileiros; metade dos desarmes ocorreu na intermediária ofensiva).

Imagem ilustrativa da imagem Prende ou solta?

Desta forma, as únicas alternativas de saída eram os lançamentos mais longos ou a procura por Marcelo, que, na lateral esquerda, conseguia usar de sua habilidade para superar a marcação e limpar algumas jogadas. Os lances se iniciavam na esquerda e terminavam na direita, com as inversões de bola para o ponta Willian. Uma boa solução, que funcionou de forma esporádica.

Na etapa inicial, o Brasil teve posse de bola superior a 60%. Por conta desse ‘domínio’, tentou fazer a transição defesa-ataque – com todos os croatas atrás da linha da bola – em desgastantes 35 ocasiões. Além das 14 vezes em que foi desarmado, o time apelou a chutões fortuitos em nove oportunidades, usou conexões longas (mas conscientes) seis vezes e só em outras seis conseguiu sair jogando com trocas de passe pelo chão.

Do outro lado, a Croácia, contando com jogadores mais técnicos no meio-campo, tinha menos dificuldade para passar da marcação brasileira – até bem parecida com a exercida pelos croatas – e foi superior nos primeiros 45 minutos.

Fator Neymar

Só que o panorama mudaria no segundo tempo. Uma só palavra poderia explicar: Neymar. Entretanto, não foi só isso. O craque não substituiu um jogador que ocupava sua posição, mas um dos meio-campistas: Fernandinho. Assim, Philippe Coutinho passou a ter a função de buscar o jogo, tendo chance maior de trabalhar em projeção ao campo de ataque com a bola no pé. Ou seja, não foi apenas o toque diferente de Neymar que mudou a história da partida, mas o fato de que o jogo fluiu melhor. Tite soltou a equipe.

O estupendo gol do astro do PSG (como imprimir tanta força no chute com aquele posicionamento de corpo?) surgiu de um lance no qual Coutinho se infiltrou entre as linhas defensivas da Croácia ao ser acionado por Willian. Um movimento que inexistiu no primeiro tempo – nem Paulinho o executou. Em seguida, a bola chegou para Neymar no mano a mano com o marcador. Moleza.

Com essa formação, o Brasil se torna um time ‘definidor’. Ou seja, que procura o gol sem parcimônia, sem rodeios. Não deixa de ser uma opção arriscada, principalmente contra times que dominam a bola no meio-campo. O curioso é que a equipe, teoricamente, fica mais equilibrada com Renato Augusto, um jogador claramente inferior a Coutinho e Fernandinho, mas que se adapta melhor à função.

Essa opção, porém, não é mais cogitada por Tite, que terá de escolher entre duas alternativas frontalmente opostas. O amistoso do próximo domingo, contra a Áustria, poderá dar mais pistas.

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