Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > ECONOMIA DO MAR
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
26/06/2024 às 10:41 - há XX semanas | Autor: Eduardo Athayde*

ARTIGO

O Centro Nacional da Economia do Mar do Sebrae

Núcleo já nasce inovando, articulando a inteligência artificial na educação empreendedora para o mar

Na Amazônia Azul circulam 95% do comércio exterior brasileiro, 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado
Na Amazônia Azul circulam 95% do comércio exterior brasileiro, 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado -

Atendendo à chamada para ação da Década do Oceano (2021-2030 / ONU), que orienta no sentido de conscientizar a população sobre a importância dos oceanos, mobilizando atores públicos, privados e da sociedade civil em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares, o IBGE adicionou oficialmente os 5,7 milhões de km² do território molhado da Amazônia Azul ao biodiverso território brasileiro de 8,5 milhões de km², passando a área territorial nacional a ter, ao todo, 14,2 milhões de km². Publicado no Diário Oficial da União e já adotado nos livros escolares, o novo mapa evidencia regras e as políticas públicas sobre o Brasil do mar, estimulando a educação e o empreendedorismo costeiro e marítimo.

A Lei 8.617/93, que dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros, e os decretos regulatórios subsequentes orientam a utilização sustentável dos recursos na Zona Costeira por meio do zoneamento de usos e atividades, de forma a contribuir para elevar a qualidade da vida da população e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.

Investindo na capacitação de micro e pequenas empresas voltadas a empreendimentos e a preservação dos ativos naturais do território seco, o Sebrae Nacional criou o ‘Centro Sebrae de Sustentabilidade’ em Mato Grosso, há mais de 10 anos. Reconhecido como Polo de Referência do Sistema, atua na promoção da sustentabilidade para os pequenos negócios, impulsionando o desenvolvimento territorial dos biomas terrestres brasileiros. Observando agora o chamamento da Década do Oceano – e sabiamente escrevendo a história do futuro que já começou – o Sebrae é convidado a apoiar os milhares de micro e pequenos empreendedores do mar que vivem nos 279 municípios litorâneos, nos 17 estados costeiros brasileiros.

Com a adoção oficial do bioma marinho da Amazônia Azul, baseado na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), o ‘Centro Nacional da Economia do Mar’, do Sebrae, entrou no foco dos debates durante o recente “II Fórum Nacional de Economia do Mar”. Promovido pelo Ministério Público Federal (MPF), Marinha, Associação Comercial da Bahia (ACB), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e a Autoridade Portuária Federal da Bahia (APFB/Codeba), o evento reuniu, em Salvador, autoridades, empresários, academia e a sociedade civil de todo o País.

Durante o evento, inspirado no arquiteto Le Corbusier, que concedia “absoluta liberdade de sonhar”, desde que as propostas fossem sustentáveis, concretas e exequíveis, o complexo formado pela cidade do Salvador e a Baía de Todos os Santos, conhecido como Capital da Amazônia Azul, foi apontado pelo posicionamento histórico e geoeconômico como local adequado para sediar o novo Centro Nacional Sebrae do Mar. É central à costa nacional, tem a maior baía do País e o maior litoral entre os estados brasileiros, com 46 municípios costeiros, e é berço da civilização brasileira.

Orientando a utilização, a exploração e o aproveitamento sustentável dos recursos naturais da Amazônia Azul, a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), que coordena o Planejamento Espacial Marinho (PEM) organizado na costa brasileira, será parceira do Sebrae na formação de recursos humanos na área de ciências do mar, estimulando o desenvolvimento de pesquisa e inovação nas diversas áreas do conhecimento. Contribuindo para ampliação da mentalidade marítima, desperta o interesse sobre a importância do mar e o uso racional e sustentável dos oceanos.

Na Amazônia Azul circulam 95% do comércio exterior brasileiro, 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado. A economia do mar emprega, entre formais e informais, aproximadamente 21 milhões de pessoas e gera mais de R$ 530 bilhões em salários no país. O mar brasileiro também guarda recursos não-vivos como sal, cascalhos, areias, crostas cobaltíferas, e nódulos polimetálicos, que representam fontes de riquezas minerais para o país, e contém grande variedade de organismos marinhos de valor biotecnológico para fármacos, cosméticos, alimentos e agricultura. Um ambiente com maciça presença de pequenos e micro empreendedores do mar, que precisam da assistência do Sebrae.

Contando a história, a Comissão de Economia do Mar da bicentenária Associação Comercial da Bahia (ACB), cuja pedra fundamental foi lançada em 1808, por D. João VI quando, em Salvador, assinou o Decreto Real de “Abertura dos Portos às Nações Amigas”, une forças com o Sebrae, invocando a consciência empreendedora cidadã para escrever a história do futuro do mar brasileiro. Articulada nacionalmente, a ACB, integrante do Pacto Global há 10 anos, estimula criação de um Cluster Tecnológico Náutico e Naval na Bahia, reunindo a academia, empresários, instituições públicas e privadas, voltados para o desenvolvimento da mentalidade marítima baseados na Lei nº 14.672/24, promulgada pela Assembleia Legislativa, que criou a Política Estadual de Incentivo à Economia do Mar.

O Centro Nacional da Economia do Mar do Sebrae segue Gandhi quando ensina: “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”. Nasce inovando, integrado ao Pacto Global e articulando a inteligência artificial já aplicada pela International Maritime Organization (IMO) na educação empreendedora para o mar. Baseado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU), será um novo Polo de Referência em Sustentabilidade do Mar do Sistema Sebrae, atuando na promoção dos pequenos negócios e impulsionando o desenvolvimento territorial dos biomas costeiro e marinho brasileiros tocados pela Amazônia Azul.

*Eduardo Athayde é diretor do WWI no Brasil e membro da Comissão de Economia do Mar da Associação Comercial da Bahia (ACB). [email protected]

Veja mais no Especial ECONOMIA DO MAR

Patrocínio

Logo da SEBRAE Logo da BELOV Logo da ACELEN Logo da CONCESSIONÁRIA PONTE SALVADOR ITAPARICA Logo da CODEBA Logo da FIEB
Logo da WWI

Assuntos relacionados

Amazônia Azul Desenvolvimento Costeiro e Marinho economia do mar Políticas Públicas Oceânicas sebrae Sustentabilidade Marítima

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Amazônia Azul Desenvolvimento Costeiro e Marinho economia do mar Políticas Públicas Oceânicas sebrae Sustentabilidade Marítima

Repórter cidadão

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

Amazônia Azul Desenvolvimento Costeiro e Marinho economia do mar Políticas Públicas Oceânicas sebrae Sustentabilidade Marítima

Publicações Relacionadas

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA POLÍTICA