BIOCOMBUSTÍVEIS
Acelen Renováveis vai tornar pasto degradado em florestas de macaúba
Projeto da companhia prevê cultivo de 180 mil hectares da planta nativa brasileira em MG e BA
Por Redação
A Acelen Renováveis aposta em um ambicioso e inédito projeto focado na produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta brasileira que tem alto poder energético, de sete a dez vezes mais produtiva por hectare plantado em comparação à soja.
Serão investidos em torno de USD$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis, Diesel Renovável e SAF (combustível sustentável de aviação).
A biorrefinaria será próxima à Refinaria de Mataripe, uma localização estratégica pela proximidade do terminal marítimo com maior calado do Nordeste, o Temadre, que será importante para escoamento do produto. A iniciativa, inédita para o uso da macaúba, prevê ainda o cultivo de 180 mil hectares em terras degradadas, nos estados de Minas Gerais e Bahia.
Com isso, o projeto da Acelen vai transformar áreas degradadas em produtivas, resultando em um impacto socioeconômico de US$ 40 bilhões nestas regiões, promovendo a transformação social e o aumento no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
A macaúba é uma matéria-prima promissora e uma solução sustentável para enfrentar um dos maiores desafios da transição energética.
“Da semente ao combustível, a Acelen vai transformar pastagens degradadas em plantações de macaúba para a produção de 1 bilhão de litros de combustíveis renováveis por ano em sua primeira planta na Bahia. Vale destacar que os nossos são totalmente drop-in e com potencial de reduzir 80% das emissões de CO2, em comparação aos combustíveis fósseis, isso sem considerar o sequestro de carbono”, informa Luiz de Mendonça, CEO da Acelen.
Geração de emprego
Sobre o cultivo de macaúba em 180 mil hectares de pastagens degradadas em Minas Gerais e na Bahia, 20% dessas plantações serão destinadas à parceria com agricultura familiar e pequenos produtores.
Além da geração de até 85 mil empregos, segundo estudo da FGV, para a implementação de uma nova cadeia produtiva, o projeto de macaúba da Acelen vai criar oportunidades econômicas e sociais desde a germinação da semente até a distribuição dos combustíveis, tornando a companhia um vetor de desenvolvimento sustentável.
Acelen Agripark vai produzir 10,5 milhões de mudas por ano
O Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial – Acelen Agripark, em construção em Montes Claro (MG), terá papel fundamental no desenvolvimento da macaúba. Unindo pesquisa, inovação e tecnologia, o objetivo é promover o aumento de eficiência da matéria-prima, garantindo a sustentabilidade em todas as etapas da cadeia. O Acelen Agripark é um investimento total de R$ 314 milhões, sendo R$ 258 milhões financiados via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Construído em uma área de 138 hectares, dos quais 59 hectares serão destinados a experimentos (com oito áreas experimentais e uma de controle), o local terá capacidade de germinar 1,7 milhão de sementes por mês e produzir 10,5 milhões de mudas por ano. Todo esse trabalho será feito a partir do mapeamento de maciços com maior potencial de produção de óleo, que estruturarão o banco de germoplasma, selecionando as melhores plantas para a produção de sementes, clonagem e melhoramento genético.
Além disso, o empreendimento conta com 13 hectares de Reserva Legal, 41 hectares destinados à Área de Preservação Permanente (APP) e restauração ambiental, e outros 5 hectares dedicados ao viveiro para produção de mudas e sementes.
O Acelen Agripark reforça todo o potencial da inovação agroindustrial do país e vai tornar a empresa uma das grandes produtoras de combustíveis renováveis do mundo.
“Nascemos com o propósito de participar ativamente e acelerar a transição energética global, e agora, apostamos fortemente no agro. Em um ecossistema robusto e integrado formado por uma equipe altamente qualificada e parceiros experientes, vamos oferecer ao mundo uma solução viável e inovadora, sustentável de ponta a ponta”, ressalta Luiz de Mendonça, CEO da Acelen.
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