REUNIÃO SINDICAL
Americanas já tem 17 mil ações trabalhistas que somam R$ 1,53 bilhão
Grupo varejista também promete não demitir em massa até apresentar plano de recuperação à Justiça
Por Da Redação
Em reunião com representantes dos sindicatos dos comerciários, o grupo AMER3, dono das Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, comunicou nesta sexta-feira, 3, que vai ter demissão em massa e fechamento de lojas até março, quando deve apresentar o seu plano de recuperação judicial.
"Até lá, a empresa se comprometeu a comunicar cortes pontuais com antecedência ao sindicato", disse à Folha, Nilton Neco Souza da Silva, Presidente do sindicato dos empregados no comércio de Porto Alegre e representante dos comerciários na Força Sindical.
Também estiveram presentes na reunião representantes o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, que também está à frente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Márcio Ayer; e o presidente da Fecomerciários (Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo), o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP).
Segundo as entidades sindicais, a Americanas já soma quase 17 mil ações trabalhistas, o que representa, até o momento, uma dívida de R$ 1,53 bilhão.
De acordo com a Folha, a Americanas iniciou no dia 31 de janeiro, o corte de funcionários, começando pelos terceirizados. A empresa informou que foram demitidos 50 trabalhadores desde o início da recuperação judicial. O grupo varejista não incluiu os funcionários no pedido de recuperação judicial. Com isso, o valor devido aos trabalhadores dispensados não poderá entrar no processo de recuperação judicial .
Ainda de acordo com Silva, os sindicalistas terão uma nova reunião com a Americanas e com representantes do Ministério Público do Trabalho, que deve ocorrer neste mês de fevereiro, para que a Americanas atualize os representantes a respeito do plano de recuperação judicial.
"Eles disseram que, no momento, não têm dados sobre quantas lojas seriam fechadas e quantos funcionários seriam demitidos. Estão estudando", diz Silva.
"Prometeram transparência e trabalho em conjunto", afirmou Ricardo Patah, da UGT.
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