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ECONOMIA

Anima Educacional compra escolas da Whitney no Brasil

Por Dayanne Sousa e Nayara Fraga | Estadão Conteúdo

20/12/2014 - 8:30 h | Atualizada em 19/11/2021 - 6:35

A Anima Educacional, um dos maiores grupos de educação do Brasil, anunciou nesta sexta-feira a compra da Universidade Veiga de Almeida (UVA), do Rio de Janeiro, e do Centro Universitário Jorge Amado (UniJorge), da Bahia, por R$ 1,14 bilhão. As duas instituições pertenciam à companhia americana Whitney. Foi a maior aquisição no setor de educação do País entre as 14 que ocorreram neste ano.

Com o negócio, a Anima - que já é dona da Universidade São Judas Tadeu e da Unimonte, em São Paulo, e da Una e da Uni-BH, em Minas Gerais - ganha acesso a duas regiões em que não tinha nenhuma presença e fôlego para entrar com força no ensino à distância. O primeiro vestibular da modalidade à distância da Anima ocorre agora, mas a UniJorge já atua nesse mercado e espera aprovações regulatórias para expandir sua operação.

O presidente da Anima, Daniel Castanho, diz ver o negócio como uma oportunidade de trazer inovações tecnológicas ao grupo. A união das instituições, segundo ele, deve ajudar a aumentar o porcentual de conteúdo à distância também nos currículos presenciais (uma estratégia usada pelas empresas de educação para aumentar sua rentabilidade). "Esperamos ter um salto tecnológico em toda a Anima", diz o executivo.

Após a incorporação das instituições da Whitney, a Anima deverá apostar suas fichas no Rio de Janeiro e em Salvador. De acordo com Castanho, a estratégia contempla, inicialmente, abrir novas unidades nas capitais e, depois, avaliar a possibilidade de se expandir para outros municípios das regiões metropolitanas.

O valor de R$ 1,14 bilhão será pago à Whitney de três formas: dinheiro, notas promissórias e ações. Com isso, um grupo de mais de 150 fundos acionistas da Whitney passa a deter 11,6% da Anima e se torna o segundo bloco mais relevante na companhia depois dos fundadores, que possuem 42,3%. A Península, do empresário Abilio Diniz, tem outros 5,3%. Pete Pizarro, atual presidente da Whitney, terá uma cadeira no Conselho de Administração. A transação ainda depende de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O dinheiro pago pela Anima ficou um pouco acima da média das últimas transações do mercado. A empresa desembolsou cerca de R$ 20 mil por cada um dos mais de 57 mil estudantes das duas universidades da Whitney, enquanto os últimos negócios de educação giraram em torno de R$ 12 mil por aluno.

As operações da Whitney têm rentabilidade considerada alta, conforme ponderaram os analistas do BB Investimentos Mário Bernardes Júnior e Gabriela Cortez, o que tradicionalmente eleva os preços nas aquisições. Os analistas esperam que as universidades compradas contribuam para melhorar os números da Anima. "A empresa passará a brigar com as gigantes empresas do setor de ensino privado do país em condições mais favoráveis", escreveram em relatório.

A Whitney, que tem sede em Miami, entrou no mercado brasileiro em 2006, quando comprou a UniJorge. Cinco anos mais tarde, a empresa adquiriu a Universidade Veiga de Almeida. Diante de um cenário em que os grandes grupos de educação passaram a ser cada vez mais agressivos em suas fusões e aquisições (foram 154 operações do tipo no País de 2005 a 2014), a lista de apenas duas compras da americana foi vista como pouco ambiciosa. "O mercado educacional está tão volátil que não há lugar para lentos", diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria, especializada em educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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