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Argentinos fazem primeiro protesto contra Javier Milei

O presidente anunciou medidas severas a quem bloqueasse as ruas em manifestações contra o governo

Publicado quarta-feira, 20 de dezembro de 2023 às 20:59 h | Autor: *Da Redação

Manifestantes e sindicalistas realizaram nesta quarta-feira, 20, o primeiro protesto contra o governo do ultraliberal Javier Milei e suas medidas econômicas no país. Na última quinta-feira, 14, Milei anunciou medidas severas a quem bloqueasse as ruas em manifestações contra o governo.

O protesto foi realizado pelos grupos Polo Operário e Movimento Socialista dos Trabalhadores em algumas quadras até a Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência.

Poucos dias após assumir, o novo governo anunciou um pacote de drásticas medidas econômicas para enfrentar a grave crise da Argentina, que enfrenta uma inflação crescente e aumento da pobreza.

Entre as determinações, está a desvalorização de 50% do peso argentino, cortes no subsídios à energia e aos transportes e o encerramento de alguns ministérios do governo.

O grande aparato de segurança foi criticado pelos organizadores, que o consideraram uma tentativa de provocação. "Isso me lembra a ditadura", declarou Eduardo Belliboni, líder do Polo Operário ao AFP.

A operação das forças de segurança foi supervisionada a partir da sede da Polícia Federal pelo presidente ultraliberal e sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, segundo imagens divulgadas na televisão.

"Venho para a marcha para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar. Há um ajuste brutal e é preciso se organizar e sair para resistir", comentou à AFP Ezequiel Pretti, um funcionário de 34 anos.

Na semana passada, o governo decretou uma desvalorização da moeda de mais de 50% e apresentou um plano de ajuste fiscal que eliminará os subsídios ao transporte e aos serviços públicos de energia, além de paralisar as obras de infraestrutura financiadas pelo Estado.

O trajeto pelo centro de Buenos Aires foi acompanhado por membros da Polícia da Cidade, da Polícia Federal, da Polícia Federal Aeroportuária e da Gendarmeria, que tinham como ordem não permitir que os manifestantes bloqueassem as ruas e interrompessem totalmente o tráfego.

*Com informações da AFP

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