ECONOMIA
Astecas e maias foram os primeiros a cultivar o cacau
Por Marjorie Moura

Quando os primeiros colonizadores espanhóis chegaram à América, o cacau já era cultivado pelos índios, principalmente os astecas, no México, e os maias, na América Central.
Os botânicos acreditam que o cacau é originário das cabeceiras do rio Amazonas, tendo-se expandido em duas direções principais, originando dois grupos importantes: o criollo e o forastero.
O criollo, que se espalhou em direção ao norte, para o rio Orinoco, penetrando na América Central e sul do México, produz frutos grandes, com superfície enrugada.
Suas sementes são grandes, com o interior branco ou violeta pálido. Foi o tipo de cacau cultivado pelos índios astecas e maias.
O forastero espalhou-se pela bacia amazônica e em direção às Guianas.
É considerado o verdadeiro cacau brasileiro e se caracteriza por frutos ovóides, como superfície lisa, imperceptivelmente sulcada ou enrugada.
O interior de suas sementes é violeta escuro ou, algumas vezes, quase preto.
Viagem
Levado para a Europa pelo colonizador espanhol, seus frutos começaram a ganhar importância econômica com a expansão do consumo de chocolate, as suas sementes foram se disseminadas principalmente nas colônias espalhadas pelo mundo.
Em meados do século XVIII, o cacau tinha atingido o sul da Bahia, oriundo do Pará, e, na segunda metade do século XIX, foi levado pelos portugueses para a África.
As primeiras plantações africanas foram feitas por volta de 1855, nas ilhas de São Tomé e Príncipe, colônias portuguesas ao largo da costa ocidental africana.
Oficialmente, o cultivo do cacau começou no Brasil em 1679, quando através da Carta Régia, a corte de Portugal autorizou os colonizadores a plantar o fruto em terras brasileiras.
A partir de 1860, o cacau passou a ser totalmente exportado para fábricas de chocolate da Europa e dos Estados Unidos. O Brasil ocupou o posto de maior produtor mundial até a década de 1920, quando foi desbancado por países africanos.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes