Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > ECONOMIA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
11/06/2024 às 7:00 - há XX semanas | Autor: Fábio Bittencourt

ECONOMIA

Bahia quer protagonismo na produção de hidrogênio verde

transição energética esteve no centro do debate, ontem, do workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde

Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais
Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais -

O desenvolvimento da cadeia produtiva do refino de baixo carbono e o conjunto de ações necessárias à regulamentação para uma chamada transição energética estiveram no centro do debate, ontem, durante o workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo. O evento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), foi promovido também pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep).

O encontro reuniu lideranças das principais organizações dos setores ligados à área de energia, além de pesquisadores, representantes dos governos estadual e federal, e especialistas no tema. Segundo os organizadores, o objetivo é unir forças visando a construção de um hub integrado da cadeia de hidrogênio verde e derivados na Bahia.

De acordo com o presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, a proposta passa por atrair instituições e empresas que possam aderir à ideia de fomento à criação e implementação de um empreendimento, no Polo de Camaçari, onde será produzido o “combustível do futuro”. Ele falou sobre a necessidade de regulação para a atividade, destacando que o projeto de lei de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), de 2023, que estabelece a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono com incentivos fiscais e financeiros, ainda não foi votado.

“Temos a necessidade de aprovação do marco legal, porque há muitos investimentos aguardando esta definição legal. O tempo passa e os outros países estão agindo, precisamos tomar decisões. Temos, de fato, uma janela de oportunidades, mas a convergência de astros não é eterna”, disse.

Ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli ressaltou o potencial da Bahia para a produção de hidrogênio verde, em função da sua capacidade de gerar energia limpa (eólica e solar), mas apontou problemas na legislação.

“Há ausência sobre diferenciação entre hidrogênio verde e de baixo carbono, sobre estímulos à oferta e à demanda, além de termos uma certificação muito influenciada na europeia, entre outras questões”.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, o evento tem como objetivo trazer o protagonismo do tema para o estado. “Essa reunião de negócio vai ter de ter um encaminhamento, e a gente quer, desde já, pedir a quem possa abraçar esse sonho do povo baiano, de termos um acesso emancipativo. Dois terços do território do semiárido é de muita pobreza, com muita necessidade de distribuição de riqueza e renda, e esse projeto vai mudar o padrão social e econômico do nosso estado”, falou Almeida.

Mediador do painel intitulado ‘A importante função da Petrobras no desenvolvimento da cadeia produtiva do H2V no Brasil’, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, salientou que a estatal vai precisar aumentar a produção de hidrogênio.

“Inclusive também por eletrólise, apesar dos custos do eletrolisador ainda estarem altos, mas a China já apresenta com custo mais baixos. Entendemos que na Bahia temos uma potencialidade, em termos de energia eólica e solar, temos linhas de transmissão, um gigantesco polo petroquímico, e há um entendimento de nossa parte que essa refinaria verde pode e deve ser instalada aqui, inclusive utilizando água de reuso, que vem da Cetrel, ajudando com que essa água não vá para o emissário submarino”, contou.

A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, falou em recursos da ordem de US$ 30 bilhões para fomento da indústria de H2V no Brasil. “O País cresceu muito em infraestrutura de energia entre desembolso e aprovação no ano passado, entre 25% e 30%”, avaliou.

“A transição energética é um caminho sem volta, embora muito conflituoso. Tem uma conta a ser paga, o mundo vai ter de investir, até 2030, US$ 4 trilhões por ano, na média. Um custo pago por países e populações, e obviamente é um mundo inflacionário”, contou.

Ainda segundo Luciana, fazer essa transição “justa, significa que os mais pobres não podem pagar essa conta”. “Mas como a gente discute isso em um mundo em guerra, onde cientistas de países diferentes não estão dialogando, diferentemente como aconteceu com a Covid, quando houve uma convergência mundial”.

Mercado global

“O globo está aquecendo, e não há uma ação coordenada no mundo. Não existe um mercado global de carbono. O Brasil, de todas as economias do G20, tem vantagens comparativas combinadas que nenhuma outra tem. Por isso nós temos uma janela econômica histórica, e uma grande responsabilidade. E se o Brasil tem uma janela histórica, o Nordeste tem mais ainda”, disse.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, o Nordeste será centro do próximo ciclo de crescimento brasileiro, e vai atrair muitos investimentos.

“O Brasil tem que ter uma agenda geopolítica pragmática e vamos ter que resolver alguns problemas. Um deles é quanto custa essa rolagem da dívida pública brasileira em que a gente paga taxas de juros supra normais? O spread bancário no Brasil é de 27%, enquanto a taxa média no mundo é de 7%. Isso anula quase todas as vantagens competitivas que o Brasil tem para construir o seu futuro. Vamos continuar regredindo enquanto o rentismo produtivo continuar dominando todas as instituições brasileiras”.

Assuntos relacionados

desenvolvimento sustentável hidrogênio verde investimento em energia política energética refino de baixo carbono transição energética

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

desenvolvimento sustentável hidrogênio verde investimento em energia política energética refino de baixo carbono transição energética

Repórter cidadão

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

desenvolvimento sustentável hidrogênio verde investimento em energia política energética refino de baixo carbono transição energética

Publicações Relacionadas

A tarde play
Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais
Play

Saiba detalhes do complexo eólico de R$3 bilhões inaugurado na Bahia

Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais
Play

Chefe Dani Façanha mostra como fazer siri de forma sofisticada

Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais
Play

Shopping abre às 6h e recebe grande movimento em Salvador; veja

Evento reuniu lideranças de organizações da área de energia, pesquisadores e representantes governamentais
Play

Feira Baiana de Agricultura Familiar terá produtos de diversas regiões

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA POLÍTICA