TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Brasil tem tudo para ser superpotência energética, aponta economista
Segundo Guilherme Mercês, o país precisa aproveitar as oportunidades diante do cenário internacional
Por Carla Melo, do Rio de Janeiro*
O Brasil tem alcançado resultados altamente positivos na economia, nos últimos anos. A redução da taxa básica de juros, a redução da inflação, aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e o crescimento de empregos gerados são alguns números que aumentam o otimismo de investidores e alivia no bolso das famílias brasileiras.
As expectativas econômicas para os próximos anos podem ser ainda mais animadoras. O diretor de economia da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Guilherme Mercês, explica que quatro caminhos podem fazer com o que Brasil esteja ainda mais a frente do mundo: ter estabilidade política, criar um ambiente de negócios seguro e amigável, possuir forte liderança na transição energética e construir pontes na inovação social.
Transição energética
O país segue tendo a 9ª maior produção de petróleo bruto, com 3,4 milhões de barris do produto por dia, sendo o 4º maior mercado consumidor de combustíveis automotivos, consumindo 2,1 milhões de barris por dia. No cenário de energia limpa, o Brasil se distingue por ser 2ª maior produção de biocombustíveis líquidos, com 409 mil barris por dia e a 6ª maior produção de energia elétrica, com 690 TW/h. Todos esses dados, segundo o especialista, levam ao Brasil o destaque no mercado internacional.
“O Brasil é uma potência. É a sétima maior potência do mundo e a quinta maior área do mundo. Temos vários problemas, a gente pode falar mal do Brasil à vontade, mas a verdade é que o país é uma potência e o mundo enxerga. Se eu tenho o mundo fechado devidos aos conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu para o investimento. O Brasil tem tudo para ser a bola da vez dentro do investimento neste mundo de geopolítica conturbada”, explica o economista em masterclass realizada durante o WebSummit, no Rio de Janeiro.
Guilherme Mercês diz ainda que é preciso aproveitar o diferencial proporcionado pelo cenário externo, como investimentos de combustíveis renováveis de aviação. “Tem que aproveitar isso, seja para avançar nas renováveis, seja para não ter tanta exigência de abandonar combustíveis fósseis. A partir de 2027, será obrigatório ter combustíveis renováveis e sustentáveis em aviões, e o Brasil é cheio de produtos para isso: etanol, sebo de boi e vegetais”, continua o especialista
Educação e impacto social
Entre os passos que o Brasil deve seguir para continuar sendo essa potência econômica, impactando através dos quatros caminhos é através da educação. Essa, segundo o economista, é a bola da vez.
“O Brasil é muito bom. A gente trabalha bem. As empresas precisam começar a trabalhar com isso, conhecimento e educação. Muito se fala de ESG, mas o que é isso? A gente tem que falar sobre inovação social, e isso eu alcanço quando eu tenho alto valor econômico e alto valor social” concluiu Guilherme Mercês.
*Repórter viajou a convite da Stone
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes