MOBILIZAÇÃO
Câmara de Camaçari e Fieb se unem pela manutenção do REIQ
Regime Especial da Indústria Química foi instituído em 2013 para garantir maior competitividade ao setor
Por Da Redação
Representantes da Câmara de Vereadores de Camaçari, se reuniram na tarde de quarta-feira, 26, com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), para alinhar as estratégias de mobilização para manutenção da Regime Especial da Indústria Química (REIQ). O REIQ - foi instituído pela Lei no 12.859, de 10 setembro de 2013, com o objetivo de garantir maior competitividade ao setor químico brasileiro por meio da desoneração das alíquotas de PIS/Cofins incidentes sobre a compra de matérias-primas básicas petroquímicas da primeira e da segunda geração.
O objetivo do REIQ é de fortalecer a indústria nacional frente à concorrência internacional. Caso a extinção do Regime Especial seja mantida, a previsão é de que aproximadamente 34 mil postos de trabalho sejam fechados na Bahia. “Em um período de pandemia, onde a indústria química foi fundamental para a saúde, essa decisão é de uma incoerência total, que eu acho que o Congresso vai negar”, considera Ricardo Alban, presidente da FIEB.
A pauta também tem apoio da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Petroquímica), que em parceria com a FIEB, emitiu uma nota técnica sobre os impactos do fim do REIQ para a economia. A ABIQUIM alerta, que “estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o fim abrupto do REIQ coloca em risco 85 mil empregos, traz uma perda de arrecadação de 3,2 bilhões de reais e um tombo no PIB, da ordem de 5,5 bilhões de reais, além de inviabilizar unidades industriais no país”.
A mobilização e busca de parcerias confirma a gravidade da situação e impactos em potencial para todo o país. Durante o encontro o presidente da Câmara, Júnior Borges, reafirmou o apoio e parceria da casa legislativa. “O movimento que a gente precisa fazer, precisa ser suprapartidário, todos aqui são importantes. Eu quero, na verdade agradecer, me colocar mais uma vez a disposição da FIEB e dizer do respeito, da consideração que tenho por vocês e colocar a Câmara à disposição das instituições”, declarou.
Na oportunidade, o vereador Gilvan Souza, chamou atenção para a necessidade de informar a população e envolver a sociedade em uma discussão que traz impactos para todo o país, afetando inclusive, o futuro da indústria. “Eu acho que a gente tem que se apegar é nos impactos, que é a nossa grande razão de estar na mesa. É a perda econômica, é a incapacidade de competitividade, é o que a gente vai perder na condição de viabilizar aquisição de matéria-prima, são os espaços de empregos que nós vamos perder”, cita.
A reunião, constitui uma oportunidade de alinhamento e fortalecimento da discussão como pauta conjunta. Para reforçar os argumentos e garantir a articulação em diferentes esferas, também participaram da discussão, o diretor executivo da Fieb, Vladson Menezes, a gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Magnólia Borges; o superintendente Geral do Cofic, Mauro Pereira; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Camaçari, Waldy Freitas e os vereadores Dilson Magalhães, Mar de Areias e Jamelão.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes