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Cameron quer referendo sobre permanência na UE

Publicado terça-feira, 22 de janeiro de 2013 às 21:56 h | Atualizado em 19/11/2021, 05:14 | Autor: Agência Estado

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, promete realizar um referendo sobre a permanência do Reino Unido como membro da União Europeia dentro de dois anos e meio da próxima eleição geral, prevista para 2015. Em extratos de seu discurso sobre o bloco de 27 países, Cameron irá dizer que, se reeleito em 2015, um governo conservador renegociará a relação do Reino Unido com a UE e, em seguida, realizará um referendo na primeira metade de seu mandato parlamentar de cinco anos - isso quer dizer que o referendo poderá sair somente no final de 2017.

Em seu discurso ansiosamente aguardado, Cameron vai dizer que acredita "profundamente" que o interesse nacional do Reino Unido será melhor em uma UE flexível, adaptável e aberta, e que uma UE assim seria melhor com a permanência do Reino Unido. Vai dizer ainda que é hora de o povo britânico ter a palavra sobre o assunto e resolver a questão europeia na política britânica.

O discurso - que alguns dizem pode vir a ser um dos mais importantes do mandato do premiê - poderá inquietar líderes empresariais, autoridades da Europa e dos EUA e até mesmo ministros do governo de coalizão de Cameron. Todos foram avisados nos últimos dias sobre os riscos para a economia britânica de qualquer esforço para renegociar a relação do Reino Unido com a UE e do referendo sobre a adesão à UE.

No entanto, um referendo dependerá de os conservadores viraram a corrida eleitoral. Pesquisa de intenções de voto do YouGov, feita nos dias 20 e 21 de janeiro, coloca os conservadores com 33% da preferência do eleitorado, atrás do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, com 42%. O centrista Democrata Liberal, que faz coalizão com os conservadores, tem 10%.

Os extratos do discurso não fazem referências às áreas de relacionamento que um governo conservador do Reino Unido tentaria renegociar com a UE. Parlamentares do partido de Cameron sugeriram uma série de temas que eles gostariam de debater, como emprego, criminalidade e justiça. As informações são da Dow Jones.

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