ECONOMIA BAIANA
Centro comercial inaugurado em Salvador deve injetar R$ 100 milhões
Ampliação vai trazer impactos para a economia da região
Por Da Redação
O novo centro comercial do Condomínio Bahia Têxtil, no bairro do Uruguai, em Salvador, foi inaugurado nesta sexta-feira, 7. Para a construção, foram investidos R$ 4,5 milhões de recursos próprios do setor têxtil.
O governador Jerônimo Rodrigues participou do ato e falou sobre a importância da iniciativa para fortalecer, cada vez mais, o setor. “Em cada ambiente de negócios que existe aqui, tem um movimento próprio, mas que está dependente um do outro. Isso é um ambiente perfeito de negócios. Há uma sensibilidade para o acolhimento daqueles que produzem arte em tecido, mas não possuem máquinas para fazer um corte e uma costura, pregar um botão, colocar o passador de cinto”, destacou ele, sinalizando a proteção social conferida pelo equipamento.
Com 24 empresas instaladas, o polo fabril produz, em média, 4 milhões de peças por ano, movimentando cerca de R$ 180 milhões no período. Para incrementar os resultados, os condôminos decidiram construir o centro com 22 lojas, que deve gerar 200 postos de trabalho e um fluxo financeiro de R$ 100 milhões no segundo semestre de 2024.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida, essa ampliação vai trazer impactos positivos para toda a região: “o pólo têxtil do Uruguai é pioneiro e dá a todos a dimensão da importância de trabalharmos aprimorando tecnologia e ciência ao setor produtivo local. E, num setor tão importante como esse, que tem tanta empregabilidade, a gente percebe os olhos das pessoas brilhando com a expectativa de avanços da inovação, da nova etapa da construção das lojas, inaugurada hoje. E tudo isso faz com que o Estado tenha toda a atenção voltada aos ajustes necessários para avançar com mais tranquilidade, eficiência e produtividade”.
O condomínio, com mais de 20 anos de operação, é resultado da parceria entre o Governo do Estado, a Prefeitura de Salvador e empresários do ramo. Atualmente, o complexo responde por 800 empregos diretos e 4 mil indiretos, sendo que 90% do total é ocupado por pessoas que vivem na região.
O presidente do Sindicato da Indústria de Vestuário da Bahia (Sindvest), Hari Hartmann, explica a relevância do empreendimento para o setor: “aqui é uma área de compartilhamento para atender aos pequenos negócios. Tanto do setor de confecções do condomínio como externo. Isso não é restrito ao condomínio. É para todo setor, para a comunidade, inclusive, pequenas famílias que têm indústrias dentro de casa. Elas podem vir aprontar a peça e saem daqui já com o produto top para levar até o shopping, para vender em lojas boas da região”.
O complexo está distribuído numa área de 20 mil metros quadrados, onde funcionam as unidades fabris e o centro de lojas. Devido à presença do Arranjo Produtivo Local (APL), as ruas internas foram pavimentadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
Em 2022, foi viabilizada a instalação do núcleo de alta tecnologia, onde ficam as sedes do APL e do Sindvest. Também foi implantado um centro de formação de mão-de-obra voltado para o setor e um coworking, com máquinas de costura especiais, de alta complexidade, para o uso compartilhado, e realização de cursos de qualificação para moradores da região.
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