ECONOMIA
Cesta básica de Salvador tem redução pela 1ª vez este ano
O tomate registrou a maior queda de julho, -27,61%
Por Fábio Bittencourt
A cesta básica de Salvador apresentou redução pela primeira vez no ano, ao encerrar o mês de julho com queda de 3,81%. Composta de 25 itens, o total da compra agora custa R$ 594,01, diminuição de R$ 23,50 em relação a junho. Os dados foram divulgados ontem pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia(SEI), que calcula a Cesta Básica de Salvador com base em 2.704 cotações de preços realizadas em 98 estabelecimentos comerciais da capital baiana, incluindo supermercado, açougue, padaria e feira livre.
Segundo o levantamento, 16 produtos registraram redução nos preços: tomate (-27,61%), cenoura (-20,81%), cebola (-8,50%), feijão (-7,26%), açúcar cristal (-5,07%),farinha de mandioca (-4,28%), arroz (-3,17%), carne de segunda (-2,35%), leite (-2,29%), frango (-2,15%), carne de primeira (-1,38%), maçã (-1,12%), pão francês (-1,01%), ovos de galinha (-0,86%), queijo prato (-0,37%) e a banana-prata (-0,20%).
Os outros nove alimentos apresentaram alta: linguiça calabresa (4,98%), queijo muçarela (3,34%), macarrão (3,26%), óleo de soja (2,60%), carne de sertão (2,05%), café moído (1,74%), flocão de milho (0,53%), manteiga (0,38%) e a batata inglesa (0,19%).
Ainda segundo a SEI, o subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço soteropolitano– composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou uma redução de 7,72% e foi responsável por 33,67% do valor da referida cesta.
Por sua vez, o subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal soteropolitana – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – apresentou redução de 1,00% e respondeu por 33,17% do valor da cesta de julho.
Projeto de desoneração
No mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou proposta de regulamentação da reforma tributária que deixa alimentos de 26 categorias isentos de imposto. Para outras 12, a alíquota teria um desconto de 60%. O texto seguiu para análise do Senado. Mesmo que autorizada, a norma só entra em vigor por completo em 2033. A medida deve contribuir para a diminuição do custo da cesta básica.
De acordo com o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Palmeira, o entendimento da instituição é que o desencargo desses alimentos é benéfico.
“Aposição do Dieese é que a desoneração da cesta básica é positiva, sendo estratégica para promoção da segurança alimentar e de uma alimentação saudável. Entretanto, outros fatores são importantes para verificar se isenção de impostos reduzirá o preço, pois depende da cadeia de produção dos alimentos”, diz.
Ainda de acordo com o economista, também no bojo da proposta de reforma tributária, um outro item que é “importante de comentar é o cashback”. Segundo Palmeira, o mecanismo foi aprovado, “e as pessoas que estão cadastradas no CadÚnico e que possuam renda per capta de até meio salário mínimo, hoje R$ 706, terão restituição de 100% do imposto (no caso federal, o CBS) pago em serviços de luz, saneamento, gás de cozinha”.
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