ECONOMIA
Comércio baiano espera melhor Natal em 10 anos
Todos os segmentos do varejo devem apresentar crescimento nas vendas
Por Redação
No ano passado, as vendas do varejo no mês de dezembro foram bem tímidas, com um crescimento de apenas 1,2%. O cenário ainda era desafiador, marcado por uma inflação de alimentos mais elevada e um crédito mais restrito. Agora, para 2024, a expectativa da Fecomércio-BA é outra, muito mais positiva: um crescimento de 13% e um faturamento de R$ 22,2 bilhões no mês de dezembro. Se esse resultado for confirmado, será o melhor desempenho para o período desde 2015.
“O comércio chega com toda a força neste final de ano, com a expectativa do seu melhor desempenho em quase 10 anos. A base desse resultado está sólida, com uma baixa taxa de desemprego, inflação menor do que há um ano, crédito ainda abundante, inadimplência em queda e recursos importantes do 13º salário. É um grande momento não apenas para o comércio, mas também para a economia baiana”, afirmou Kelsor Fernandes, presidente do Sistema Comércio BA.
O adicional absoluto em relação ao ano passado deve ser de R$ 2,5 bilhões. O interessante é que a Entidade prevê que o 13º salário injete R$ 14,5 bilhões na economia do estado, dos quais R$ 4,8 bilhões devem ser direcionados, especificamente, para o consumo.
O número está alinhado com as expectativas de vendas da Fecomércio-BA, considerando que metade do recebimento ocorrerá a partir da 2ª parcela, até o dia 20 de dezembro. Sendo assim, fica evidente a importância desses recursos para as vendas de final de ano, sendo praticamente o principal definidor do desempenho do setor varejista.
Dos setores mais ligados ao evento de Natal, o destaque deve ser o de Supermercados, com projeção de crescimento de 17% no contraponto anual, atingindo R$ 9 bilhões, ou 41% do total das vendas do varejo no estado.
Em relação aos presentes, o que as pessoas mais procuram nesta época do ano são roupas e calçados e, segundo a Fecomércio-BA, esse segmento deve crescer 7% em relação ao mês de dezembro de 2023. São itens de fácil acesso devido ao preço relativamente baixo. Além disso, com a forte concorrência no comércio, é possível encontrar opções que se ajustem ao orçamento do consumidor, muitas vezes sem a necessidade de recorrer ao crédito para adquiri-los.
Aparelhos telefônicos, televisores e computadores não são destaque apenas na Black Friday. Muitos consumidores também aproveitam o 13º salário para comprar eletrodomésticos ou eletrônicos. Neste ano, esse setor deve registrar uma alta de 9%.
“Embora a taxa de juros básica da economia esteja subindo novamente, o crédito ainda está muito farto para as famílias, dada as melhores condições de renda e emprego, além de um risco menor da inadimplência. Esses produtos mais caros são, na sua grande maioria, comprados via crédito, através do parcelado no cartão ou nos carnês”, pontua o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze.
Itens na linha de Cosméticos, Perfumes e Higiene Pessoal também são bastante procurados para presentes neste final do ano. A alta esperada para as Farmácias e Perfumarias é de 9%.
As demais elevações em dezembro devem ser vistas em: materiais de construção (18%), veículos, motos e peças (13%), lojas móveis e decoração (7%) e outras atividades (7%).
“O comércio chega com toda a força nesse final de ano com a expectativa do seu melhor desempenho em quase 10 anos. A base desse resultado está sólida, com uma baixa taxa de desemprego, uma inflação mais baixa do que há um ano, crédito ainda farto, inadimplência em queda e recursos importantes do 13º salário. É um grande momento não somente para o comércio, mas para a economia baiana”, destaca o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze.
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