ECONOMIA
Cresce boato sobre moeda de R$1,00
Por Luciana Rebouças, do A Tarde
Um boato sobre a valorização da moeda de R$ 1, que estaria valendo entre R$ 15 e R$ 30, foi amplamente disseminado na Bahia. As moedas comemorativas, cunhadas em comemoração ao centenário de Juscelino Kubitschek, com rosto de JK em uma das faces, são alvos da procura das pessoas que acham que elas valem mais que seu valor real.
Uma das versões do boato diz que o dono deste tipo de moeda só precisa ir com elas e trocá-las no Banco Central (BC). Segundo Télio Barroso de Souza, gerente técnico regional do BC, o banco não troca as moedas e esta história não é verdadeira. “O banco não está recolhendo estas moedas de R$ 1 com Juscelino Kubitschek. Não trocamos moeda. Moeda é para circular”, informa.
O boato surgiu no Ceará e a preocupação de Souza é que algumas pessoas estejam se aproveitando deste boato para vender a moeda comemorativa por R$ 10, por exemplo, para uma “vítima” que acredite nesta história. Na internet, há algumas listas de discussão e um dos internautas diz que a razão da moeda se valorizar é que, como é uma edição comemorativa e só foram cunhadas 10 mil moedas, os colecionadores pagam estes valores por ela. Porém Souza coloca que foram cunhadas 50 milhões de unidades e que elas estão em circulação normalmente. Outra versão da história é que a borda da moeda comemorativa com JK seria de ouro, e por esta razão estaria sendo comprada.
A Bahia foi, no mês de março, o Estado com o maior número de consultas feitas ao BC, 222 ligações no total, para saber mais informações sobre este tema. O Rio de Janeiro, segundo colocado, registrou 70 ligações. “Os baianos perguntam, a gente desmente a história. E o pior é que percebemos que eles não acreditam”, conta o gerente do BC.
O gerente lembra que os baianos foram protagonistas de uma história engraçada no lançamento da nota de R$ 10 de plástico, quando se comentava a resistência do material. Um baiano atirou a nota de R$ 10 no tacho de azeite de dendê de uma baiana de acarajé para ver se a nota realmente resistia. A nota encolheu totalmente, mas não derreteu, e Souza enviou para análise em um laboratório no Rio de Janeiro para observarem o grau de resistência da nota e compartilharem desta experiência baiana.
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