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TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Debates sobre potência energética da Bahia marcam evento internacional

Com uma estimativa de atrair 6 mil visitantes, o iBEM 25 reúne representantes do setor de energia de diversos países

Por Carla Melo

25/03/2025 - 16:23 h | Atualizada em 26/03/2025 - 10:42
O encontro está sendo realizado no Centro de Convenções de Salvador até o dia 27 de março
O encontro está sendo realizado no Centro de Convenções de Salvador até o dia 27 de março -

Começou nesta terça-feira, 25, a primeira edição do International Brazil Energy Meeting (iBEM 25), evento internacional que reúne, durante três dias, as principais entidades e representantes do setor de energia da Bahia, do Brasil e de, ao menos, 20 países. O encontro está sendo realizado no Centro de Convenções de Salvador até o dia 27 de março e debate, entre as principais pautas do setor energético, o potencial energético do estado.

“O iBEM se destaca pelo caráter de discussão onde, independente, de sua bandeira ou da sua fonte, tenha a capacidade de interagir com diversos setores da sociedade, considerando que é preciso discutir a transição energética, principalmente, sobre como cada um pode contribuir e os principais impactos diante desse processo", explica Rafael Valverde, organizador do evento e representante da Eolus Sowitec.

"A energia sendo pautada desta forma, de fato, é um avanço que proporciona para o país e traz a Salvador o palco para receber as principais associações e delegações mundiais”, complementa Valverde.

Rafael Valverde, organizador do evento
Rafael Valverde, organizador do evento | Foto: José Simões / Ag. A TARDE

Com uma estimativa de atrair 6 mil visitantes, o iBEM 25 vai reunir, além de expositores nacionais, representantes de, pelo menos, 20 países, alguns deles com delegações empresariais ou governamentais.

No evento, há vários espaços para palestras e atividades específicas, como duas plenárias, a arena ESG (espaço dedicado à discussão de temas ambientais, sociais e governança) arenas de inovação, comercial e de investimentos, rodada de negócios, congresso acadêmico, seção técnica, hackathon e visitas técnicas.

Bahia é o palco

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado da Bahia, Ângelo Almeida, o evento é um reflexo importante da capacidade energética do estado, que é ponto estratégico da produção de energia eólica. Somente em 2024, a Bahia foi responsável por 99,1% da geração dessa fonte.

"A Bahia é líder de produção eólica a nível nacional. Quando a gente olha para o que é produzido no estado, 99.1% de geração com fontes limpas, isso chama a atenção do mundo. Esse 1° IBEM é uma prova disso. Desde 2012 foi implantado o primeiro Parque Eólico do Estado e isso são apenas 13 anos de crescimento e produção", disse o representante.

Ângelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico
Ângelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico | Foto: José Simões / Ag. A TARDE

Apesar de ser uma grande potência energética, especialistas apontam que o país vive um paradoxo no cenário econômico/social. Isso porque o Brasil enfrenta uma avalanche de fechamento de empresas do setor energético e desemprego em massa por falta de mão qualificada.

"O Brasil tem bastante potencial para enfrentar a transição energética e potencializar a economia com energia verde e temos muito sucesso com energia solar, com energia eólica. Estamos em frente com um problema que é a queda de demanda e isso causa problemas na integração de diferentes fontes como o hidrogênio verde, uma demanda industrial", explicou Ben Backwell, presidente do Conselho Global de Energia Eólica.

Ben Backwell, presidente do Conselho Global de Energia Eólica
Ben Backwell, presidente do Conselho Global de Energia Eólica | Foto: José Simões / Ag. A TARDE

Entretanto, mesmo diante de um cenário desafiador, o Estado ainda pode mostrar toda a sua potencialidade na transição energética com duas principais fontes limpas de energia: a solar e a eólica. No mundo, a energia solar representa 70% da capacidade energética e ainda precisa ser pensada em diversas frentes, como formas de armazenamento para solidificar o mercado mundial.

Somente em 2024, a energia eólica foi responsável por superar o recorde de produção mundial. Estima-se que somente no ano passado, a produção correspondeu a 117 GW e a espectativa é aquecer esses números ainda mais para até 140 GW. No Brasil, a forma eólica de produção energética atrai o Brasil para a 5ª posição de capacidade e isso, segundo Eduardo Aragon, também organizador do evento, só abrilhanta os olhos de mercados externos para investimentos no estado baiano

“A Bahia é um cenário privilegiado. Somos ricos em energia eólica e solar e o petróleo nasceu aqui. Temos hoje biocombustível no oeste baiano e biomassa: várias fontes de energia. Esse evento é fruto de uma parceria desde 2016 e hoje conseguimos fazer uma gama com diversos representantes de fora do Brasil. Temos a honra de realizar aqui no estado”, disse Eduardo Aragon, um dos organizadores do iBEM.

Eduardo Aragão, um dos organizadores do evento.
Eduardo Aragão, um dos organizadores do evento. | Foto: José Simões / Ag. A TARDE

Minerais na Bahia

Em entrevista ao evento, a professora Olivia Oliveira, coordenadora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ressaltou o papel da Bahia como protagonista na produção desses minerais.

"A Bahia é a terceira maior produtora de minerais do Brasil, e, quando falamos em minerais críticos, ela possui a maior diversidade e a maior gama de produtividade desses minerais. Esses minerais críticos incluem chumbo, zinco e lítio. Por que críticos? Porque são de extrema importância para a construção de equipamentos, aqueles que fazem a tecnologia do futuro e que também estão relacionados ao carbono livre", afirmou Olivia Oliveira.

Ela ainda destaca a importância da UFBA no processo de pesquisa e desenvolvimento desses recursos. "Aqui, representando a UFBA, destaco que temos a expertise, através de nossos pesquisadores e alunos, que formam uma massa crítica para ajudar na descoberta desses minerais. Os minerais não estão simplesmente disponíveis com a plaquinha 'estou por aqui'. Eles requerem muito estudo".

Outro ponto crucial abordado no evento foi a questão da extração sustentável de minérios, como o lítio, e o papel da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti). O secretário André Joazeiro detalhou os esforços do governo baiano em garantir que a mineração no estado seja realizada de forma sustentável e com a utilização de tecnologias avançadas para a extração e separação dos minérios.

"Uma vez que o mineral é descoberto e a jazida é identificada, a Secti trabalha nas rotas tecnológicas para garantir a extração sustentável desse minério. Porque, se não tivermos tecnologia para extrair e separar o minério de forma que ele seja competitivo no mercado, ele acaba permanecendo debaixo da terra. O que permite retirar o minério e competir no mercado é a tecnologia de extração e separação", explicou Joazeiro.

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Tags:

Bahia economia energia ibem potência energética setor de energia transição energética

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