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DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Dieese: 1 em cada 48 trabalhadores negros ocupa posição de liderança

Os dados, referentes ao segundo trimestre de 2023, apontam mercado de trabalho desigual

Por Carla Melo

20/11/2023 - 15:53 h

Apesar da redução da inflação, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do salário mínimo que permitiram recuperação dos rendimentos médios dos ocupados, o número de trabalhadores negros que ocupa posições de liderança ainda continua baixo e desfavorável em comparação com pessoas não negras.

No segundo trimestre de 2023, apenas 2,1 % das pessoas negras - homens e mulheres - estavam em cargos de direção ou gerência. Os dados fazem parte do especial de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Segundo aponta o Dieese, quando conseguem ocupação, trabalhadores negros são postos em cargos mais precários e têm maiores dificuldades de ascensão profissional. Quando o dado é comparado entre homens não negros, essa proporção é de 5,5%, ou seja, apenas um em cada 48 trabalhadores negros está em cargo de gerência, enquanto entre os homens não negros, a proporção é de um para cada 18 trabalhadores.

A proporção de negros empregadores também é menor. Enquanto 1,8% das mulheres negras eram donas de negócios que empregavam funcionários, a proporção entre as não negras foi de 4,3%. Entre os homens negros, o percentual ficava em 3,6%. Entre os não negros, a proporção foi maior: 7%

Outros dados

Os dados ainda apontam que, entre os desocupados, 65,1% eram negros. A taxa de desocupação das mulheres negras é de 11,7% - mesmo percentual de um dos piores momentos enfrentados pelas pessoas não negras, no caso, a pandemia. A taxa de desocupação dos não negros está em 6,3% no 2º trimestre de 2023.

Quase metade (46%) dos negros estava em trabalhos desprotegidos. Entre os não negros, essa proporção era de 34%. Uma em cada seis (16%) mulheres negras ocupadas trabalha como empregada doméstica. As trabalhadoras domésticas negras sem carteira recebiam, em média, R$ 904 por mês – valor R$ 416 abaixo do salário mínimo em vigência

Os negros também ganhavam 39,2% a menos do que os não negros, em média. Em todas as posições na ocupação, o rendimento médio dos trabalhadores negros é menor do que a média da população.

Cenário desigual

O cenário ainda desfavorável, segundo o departamento, está entrelaçado com um mercado de trabalho ainda de reprodução da desigualdade racial. “Tanto a inserção quanto às possibilidades de ascensão são desiguais para a população preta e parda. E as mulheres negras acumulam as desigualdades não só de raça, mas também de gênero”

Mesmo com a indicação do crescimento da atividade econômica, o mercado de trabalho continua reproduzindo as desigualdades sociais. Os trabalhadores negros enfrentaram mais dificuldades para conseguir trabalho, para progredir na carreira e entrar nos postos de trabalho formais com melhores salários. E as mulheres negras encaram adversidades ainda maiores do que os homens, por vivenciarem a discriminação por raça e gênero.

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Tags:

Dados Desigualdade Dia da Consciência Negra Dieese trabalhadores negros

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