ECONOMIA
Dívida de estatais da União diminui no 1º trimestre
Por Igor Andrade | A TARDE SP
De acordo com Boletim das Estatais federais, elaborado pelo Ministério do Planejamento, no primeiro trimestre de 2018, o nível de endividamento das empresas gerenciadas pelo governo teve redução em comparação ao valor das dívidas apresentadas no balanço do último trimestre de 2017.
Com o valor de R$ 390 bilhões nos três primeiros meses do ano, essa é a menor taxa desde 2014, quando as estatais brasileiras possuíam um dividendo de R$ 397 bilhões. Em 2017, a dívida das empresas públicas era de R$ 412 bilhões.
Segundo o relatório, a maior taxa de endividamento foi apresentada em 2015, onde a taxa de câmbio teve forte desvalorização resultando no aumento da dívida, naquele ano, as estatais federais ativas alcançaram um dividendo de R$ 544 bilhões.
Conforme anunciou o Ministério, houve redução de 28,3% do total de endividamento das empresas estatais federais entre dezembro de 2015 a Março de 2018.
Entre as alternativas utilizadas pelo governo federal para diminuição do saldo negativo, uma delas é a redução do número de empresas controladas, no boletim divulgado em março referente ao último trimestre do ano passado, eram 146 empresas estatais ativas, já no primeiro trimestre de 2018, o total de empresas estatais federais foi de 144, contabilizando a redução de duas estatais em comparação ao Boletim anterior: CEPEL – Companhia de Pesquisas de Energia Elétrica do Grupo Eletrobras e CODOMAR – Companhia Docas do Maranhão. Desde quando assumiu o executivo nacional, o governo Temer já promoveu a redução de 12 estatais.
Lucro
De acordo com o relatório, do conglomerado das cinco maiores empresas Federais (Petrobras, Eletrobras, BNDES, Banco do Brasil e Caixa), que juntas representam 90% do total de ativos do setor, obtiveram lucro de R$ 15,1 bilhões no trimestre, alta de 44,8% na comparação com o mesmo período em 2017 onde foi observado um lucro de R$ 10,4 bilhões.
Entre as empresas que apresentaram maior alta, destaque para Petrobras que saiu de um lucro de R$ 4,8 bilhões, no primeiro trimestre de 2017, para lucro de R$ 7,1 bilhões nos três primeiros meses de 2018.
Demissões
Além da redução de empresas, o governo também vem adotando a política de demissões voluntarias, resultado da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados - PDVs. De acordo com o balanço, houve redução de 3.482 pessoas no quadro das estatais.
Entre as maiores reduções, os Correios tiveram 1.922 empregados demitidos, seguido por, Caixa Econômica Federal. com 1.277 empregados e Banco do Brasil, com 1.193 pessoas.
De acordo com o Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento (SEST/MP), Fernando Antônio Ribeiro Soares, a redução de custo das empresas faz parte do aumento de produtividade e realizações para a sociedade. “É muito dinheiro alocado nas estatais e é relevante que a sociedade olhe cada vez com mais atenção. O retorno tem que aumentar, com maior redução de custos, aumento de produtividade e realizações para a sociedade”, destacou Soares.
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