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ECONOMIA

Do salário apertado ao desejo de poupar: os caminhos para iniciar um investimento

Traçar objetivos com clareza e buscar informações com profissionais são passos essenciais

Por Isabel Queiroz*

30/06/2025 - 5:30 h
Railton José de Oliveira aprendeu a investir por conta própria
Railton José de Oliveira aprendeu a investir por conta própria -

“Investimento não é para todos”. Esse ainda é um pensamento comum entre muitos brasileiros — e não à toa. Num país onde grande parte da população sobrevive com um salário mínimo e tem que lidar com despesas que mal cabem no orçamento, o investimento parece um privilégio distante. Para quem conta cada real para fechar o mês, a ideia de aplicar dinheiro soa quase como um luxo. Mas essa crença não corresponde totalmente à realidade, segundo especialistas, é possível, sim, investir com pouco.

Entender que a chave do investimento é o hábito muda tudo. Traçar objetivos com clareza e buscar informações com profissionais são passos essenciais, antes mesmo de pensar no dinheiro em si. Ser realista é uma forma de alcançar muitas metas, principalmente as que envolvem finanças. Uma maneira de começar sem comprometer as necessidades básicas é destinar um pequeno percentual do salário.

“O Tesouro Direto é uma excelente porta de entrada, com aportes mínimos a partir de R$ 30. Também existem CDBs acessíveis em diversas corretoras. O importante é começar com segurança e aprender aos poucos. Para quem tem renda limitada, o Tesouro Direto (Tesouro Selic) costuma ser a melhor opção para começar — é seguro, acessível e oferece liquidez — depois, CDBs de bancos sólidos, com liquidez diária, também são interessantes”, diz Victor Tude, planejador financeiro pessoal e consultor de investimentos.

Um bom começo seria guardar entre 5% e 10% da renda. Parece pouco, mas o mais importante é criar o hábito
Victor Tude - planejador financeiro

Joseane Portugal, contadora, empresária, fundadora do Clube de Carreiras, Educação e Negócios, e coordenadora da comissão de normas contábeis do CRC da Bahia, destaca que o primeiro investimento de qualquer pessoa deve ser a reserva de emergência.

“Separar parte da renda para investir exige disciplina.Eu sei que não é fácil ver um dinheiro sobrando e simplesmente decidir guardar pensando no futuro. Mas é importante treinar esse hábito. Principalmente para quem tem renda baixa. O primeiro passo é criar uma reserva de emergência — um valor disponível que vai ajudar se você perder o emprego, tiver problemas de saúde ou enfrentar um imprevisto. O ideal é reservar o equivalente a três a seis meses da sua renda. Depois disso, é possível partir para outros tipos de investimento que permitam realizar sonhos e planejar o futuro”.

Ser realista evita frustrações. Começar com pequenas quantias e respeitar os próprios limites financeiros reduz o risco de perdas e de abrir mão de necessidades importantes. Um dos perigos para iniciantes é a idealização, muitas vezes alimentada pela internet.

O primeiro passo é criar uma reserva de emergência — um valor disponível que vai ajudar se você enfrentar um imprevisto
Joseane Portugal - contadora e empresária

“Hoje, com o crescimento do digital, surgem todos os dias diversos golpes e promessas de dinheiro rápido. O pequeno investidor precisa ficar atento: se a proposta parecer milagrosa, fuja imediatamente. É fundamental entender que quanto maior o retorno prometido, maior é o risco”, alerta Joseane.

Desde o 1º salário

Railton José de Oliveira aprendeu a investir por conta própria, buscando informações em redes sociais e sites especializados. Também participa de cursos gratuitos disponíveis na internet — uma forma acessível de ampliar o conhecimento sem pesar no bolso. No início, sentia insegurança por falta de experiência e orientação adequada, e já chegou a receber propostas de investimentos que atendiam mais aos interesses dos bancos do que aos seus próprios.

Com o tempo e a prática, Railton construiu confiança para fazer escolhas alinhadas ao seu perfil e aos seus objetivos. Desde o primeiro salário — hoje sua renda varia entre cinco e oito salários mínimos — ele investe parte do que ganha, começando pela poupança e, depois, migrando para CDBs, Tesouro Direto e outras opções de renda fixa.

Com a diminuição das despesas com os filhos, atualmente consegue guardar o equivalente a dois salários mínimos por mês. Para ele, qualquer pessoa pode começar a investir, mesmo com pouco, desde que saiba se organizar, tenha paciência e defina metas claras. “Qualquer pessoa que tenha uma renda e saiba se organizar financeiramente consegue iniciar um investimento. É necessário ter paciência, evitar consumo desnecessário, ter uma meta e correr atrás para atingir”, conclui Railton.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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