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Economia da Bahia se consolida como a mais importante da região NE, diz Info Nordeste 2020

Publicado quinta-feira, 04 de fevereiro de 2021 às 06:05 h | Autor: Cássio Santana
A Bahia representa 28,5% da economia do região, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 286, 2 bi. Foto: Arquivo | Agência Brasil
A Bahia representa 28,5% da economia do região, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 286, 2 bi. Foto: Arquivo | Agência Brasil -

A economia da Bahia consolidou-se como a mais importante da região Nordeste. É o que dizem os dados apresentados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que divulgou  um compêndio de indicadores de todos os estados da Região em formato de infográficos, o Info Nordeste 2020.

O objetivo, segundo a SEI, é apresentar uma visão geral da região com informações sistematizadas para fácil visualização do público. “É um conjunto de informações que permite fazer uma leitura socioeconômica da região a partir dos principais indicadores temáticos, com informações do IBGE, de registros administrativos de órgãos oficiais e estatísticas próprias da SEI.”, explicou o Diretor de Estatísticas da SEI, Armando de Castro.

De acordo com os dados, a Bahia representa 28,5% da economia do Nordeste, com um  Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 286, 2 bi. Após um período de queda, registrado entre 2014 e 2017, seguindo uma tendência nacional, a economia do Estado vem se recuperando e agora aponta crescimento de 2,3%

“A Bahia é a principal economia nordestina, com 28,5% do total do PIB da região, seguida por Pernambuco (18,5%) e Ceará (15,5%). Mesmo com a saída do setor automotivo, permanecemos com uma indústria forte na região.”, afirmou de Castro. 

O setor de comércio e serviços foi o carro-chefe da economia baiana, e o único que apresentou crescimento dentre os indicadores apresentados em um período de quatro anos, com uma participação, em 2020, de 70,8% no PIB do estado. No mesmo tempo, os setores da indústria e agropecuária apresentaram recuo, e fecharam o ano com 21,5% e 7,6%, respectivamente. 

Emprego

Os dados revelam que os estados da região geraram 4,9 milhões de empregos de carteira assinada, dos quais 1,3 milhões foram na Bahia. Apesar disso, de acordo com dados do IBGE, a Bahia vive a maior taxa de desemprego da série em virtude da pandemia, com um índice de 20,7% no terceiro trimestre de 2020. 

“A boa notícia é o saldo positivo no mercado formal em dezembro, apontando uma tendência de recuperação que pode ser impulsionada durante o processo de vacinação. A melhor política de emprego para a Bahia neste momento é a vacinação e o Estado está desempenhando um excelente papel no planejamento e execução nos 417 municípios, sendo o segundo estado no país com maior número de imunizados.”, destacou de Castro. 

Auxílio emergencial 

O estudo também levou em consideração o impacto do auxílio emergencial na Região. Criado para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos rendimentos de trabalhadores informais e microempreendedores, o benefício atingiu 37,8 milhões de nordestinos, o que representa 66% da população da região.

De acordo com Armando de Castro, “o auxílio foi fundamental tanto para conter o caos social quanto para aquecer a economia das regiões mais pobres do Nordeste.” O estatístico explicou que, com o fim do auxílio, a região vive seu maior índice de extrema pobreza observado na série histórica apresentada no estudo.

Na Bahia, foram 5,7 milhões de pessoas contempladas pelo auxílio federal. “Agora o ambiente é de incerteza dada as indefinições do Governo Federal, que também faz uma péssima gestão no combate à Covid-19. No entanto, os estados nordestinos estão mostrando uma elevada capacidade de organização no enfrentamento da pandemia.”, destacou de Castro. 

Desigualdades

A região Nordeste, segundo os dados, representa 27% da população nacional, mas com apenas 14% de participação na economia. 

“As desigualdades regionais se revelam ainda muito acentuadas, tanto econômica como socialmente, apesar dos avanços. No campo social, por exemplo, reduzimos intensamente a extrema pobreza a partir de 2003 com um conjunto de políticas voltadas à proteção social, especialmente o Programa Bolsa Família. O aumento da pobreza mais recente, primeiro com a conjuntura econômica desfavorável associada a redução do investimento social, depois com a pandemia, colocou um freio no processo de redução das desigualdades regionais.”, explicou de Castro. 

O estado tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,660, um número considerado médio, ficando na 22º posição no cenário nacional. 

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