FINANÇAS
Equilibrar finanças depois dos gastos de final de ano é um desafio
Excessos de final de ano, com festas e presentes, demandam estratégias eficazes para reorganizar orçamento
Por Daniel Araújo*
O período de festas do fim do ano, como Natal e Réveillon, costuma ser um desafio para as finanças pessoais, devido ao aumento nos gastos característico dessa época. Muitas vezes, os excessos financeiros demandam estratégias eficazes para retomar o equilíbrio no início do ano seguinte.
É sempre melhor prevenir que remediar, o fim de ano costuma ser um periodo muito convidativo para gastar. “O ideal sempre será o planejamento financeiro, em dezembro, principalmente, surgem diversos gastos extras, o último mês do ano é por exemplo, o período mais apelativo comercialmente, que vem a compra dos presentes e as lembrancinhas, ceia de Natal e o Ano Novo, por isso é importante se avaliar quanto entra e quanto sai", explica o economista Edval Landulfo.
O décimo terceiro salário pode ser um recurso importante para a recuperação dos gastos. “Comece utilizando uma parte do décimo terceiro para começar a guardar um pouco do que ganha, em seguida defina um valor fixo para investir na sua reserva financeira, também conhecida como reserva de emergência”, defende o consultor financeiro Tiago Menezes..
Quando o ano novo começa, o ideal é primeiramente avaliar o que foi gasto nesse período para então tomar decisões. “O primeiro passo é realizar um levantamento detalhado de todos os gastos de fim de ano, tais como presentes, roupas, festas, eventos de confraternização e outras despesas extras. Depois, é essencial dar uma geral na situação financeira. Com esses números em mãos, é possível planejar o orçamento para o ano novo, considerando aquilo que é mais relevante e importante para o novo ciclo” , recomenda Tiago Menezes.
Quitação de dívidas
Uma outra recomendação do consultor é a de se atentar ao tempo em que se mantém endividado. “É muito importante não deixar a dívida se arrastar por muito tempo. Para isso, o ideal é reorganizar os gastos de janeiro e destinar uma parte da receita para quitar dívidas, mesmo que seja um valor pequeno”, sugere o consultor financeiro.
“Tentar negociar as condições de pagamento com os credores também é uma excelente alternativa, muitos oferecem condições melhores para quem quer pagar à vista ou parcelar com juros mais baixos. Geralmente nos finais e começos de ano, existem os feirões de renegociação. Usar esses momentos para quitar ou negociar as dívidas com descontos pode ser uma boa estratégia. Há casos em que o desconto chega a ser de até 95% do valor da dívida”, complementa Tiago.
Uma frase comum no período de início de ano é “ano novo, vida nova", para os especialistas, quando se trata das finanças, um novo ano é sempre ótima oportunidade para adotar novos hábitos saudáveis, como investimentos, criação de uma reserva de emergência e controle de gastos.
Para que o novo ano seja diferente dos anteriores, em questão de endividamento, o planejamento financeiro se faz necessário. “Tudo passa por uma avaliação no planejamento financeiro, para justamente ter esse controle fiel das finanças. Então, no caso do IPVA e IPTU, por exemplo, que tem um pequeno desconto, fazer avaliação se esses descontos serão válidos e se não vão fazer a diferença no bolso dessa família”, afirma Edval.
Parte essencial de um planejamento financeiro é a criação de uma reserva de emergência, que pode ser muito útil quando se gasta mais do que poderia no fim de ano. “O valor total desta reserva deve equivaler entre 3 a 6 meses do seu custo de vida. Outra dica importante é aproveitar momentos de maior renda ou dinheiro extra, como bônus e restituição de impostos, para aumentar esta reserva. O segredo é a consistência, não o valor depositado”, explica Tiago.
Depois de um fim de ano com muitos gastos, é importante adotar medidas que auxiliem sua saúde financeira, para não levar problemas de um ano para o outro. É fundamental dar uma geral na situação financeira. Com esses números na ponta do lápis, é possível planejar o orçamento para o ano novo, considerando aquilo que é mais relevante e importante para o novo ciclo, tais como objetivos de curto, médio e longo prazo.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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