DÍVIDAS ESCONDIDAS
Executivos da Americanas omitiam operações suspeitas, diz coluna
Por, pelo menos, quatro vezes, comitê de auditoria solicitou informações sobre transações que causaram rombo
Por Da Redação
A investigação interna que acontece na Americanas identificou que diretores da varejista foram questionados, por, pelo menos, quatro vezes, sobre as transações que resultaram no rombo da empresa. Em todas essas ocasiões, esses membros da diretoria diziam que essas operações não existiam. A informação é da colunista Malu Gaspar, de O Globo.
As solicitações foram feitas pelo comitê de auditoria da Americanas. Esse colegiado é formado por três conselheiros que tinham acesso ao balanço da empresa antes que o relatório fosse aprovado pelo conselho de administração e apresentado ao mercado.
A coluna aponta que a solicitação de informações sobre essas transações suspeitas aconteceu em agosto de 2020, maio de 2021, agosto de 2021 e novembro de 2022. Nessas ocasiões, quando questionados pelos auditores, os executivos da empresa diziam que não tinha nenhuma operação de “risco sacado”.
O risco sacado é uma transação por meio da qual uma empresa compradora, denominada empresa âncora, contrata uma instituição financeira e monta uma operação de antecipação de pagamento aos seus fornecedores, potencializando investimentos e fortalecendo a parceria com eles.
Esse volume de empréstimo deveria aparacer nos balanços da empresa como dívidas, mas isso não acontecia. Dessa forma, desde 2016 os comitês superiores da varejista não sabiam do acúmulo de passivo que se acumulou nos últimos anos. No total, a Americanas, hoje em recuperação judicial, tem mais de R$ 43 bilhões em dívidas a descoberto.
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