RETRAÇÃO
Exportações baianas caem para 20,5% em fevereiro
O resultado foi puxado pela retração de 53,2% no volume no Estado no setor de indústria de transformação
As vendas baianas para o mercado externo caíram em 20,5%, em comparação ao mesmo mês de 2023, após um crescimento em janeiro de 14,1%. O resultado foi puxado pela retração de 53,2% no volume no Estado no setor de indústria de transformação, com o embarque de petróleo.
Segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Bahia alcançou US$ 636,3 milhões no mês passado, em um período que os preços médios dos produtos comercializados aumentaram 27,2%.
A queda nas exportações pelas vendas da indústria de transformação foi puxada por uma queda de 87,3% nos embarques dos derivados de petróleo, de 49,1% no setor metalúrgico, de 47,2% no setor químico/petroquímico e de 15,6% no de papel e celulose.
Em contrapartida , o setor agropecuário cresceu em 63,4% nas exportações, com ganhos em soja, algodão e café, frutas e fumo. Na indústria extrativa, o aumento foi de 200,2%, fruto do grande aumento no embarque de minério de cobre, de níquel e magnesita.
“Ainda assim, a queda na indústria de transformação superou os ganhos dos demais setores, principalmente o refino, que desde o segundo trimestre do ano passado, não vem exportando grandes volumes de derivados, por conta da estagnação dos preços do petróleo no mercado internacional”, aponta a SEI.
A queda nas exportações também foram puxadas pelo declínio das vendas para a Argentina - terceiro maior destino para produtos industrializados baianos -, que tiveram queda de 43,2% no bimestre. A China permaneceu como maior destino para as exportações estaduais no bimestre, com crescimento de 125% no comparativo interanual e 28% de participação.
Importações
As compras externas baianas também diminuíram 14,5% ante o mesmo mês do ano passado, atingindo US$ 621,1 milhões. O resultado foi puxado pelo baixo dinamismo da indústria de transformação, cuja produção caiu 1,8% em 2023 e nas compras de combustíveis, que se retraíram em 28,5%.
O crescimento das compras de bens de capital foi de 45,3%, principalmente de motores, máquinas e barras de ferro para construção civil. No bimestre, as exportações baianas atingiram US$ 1,55 bilhão, com crescimento de 1,4% no comparativo interanual.
As importações acumularam despesas de US$ 1,30 bilhão, com queda de 23,6%. Com isso, o saldo da balança comercial do estado atingiu US$ 252 milhões, contra um déficit de US$ 172 milhões no mesmo período do ano passado. Já a corrente de comércio (soma de exportações e importações) teve redução de 11,8% alcançando US$ 2,85 bilhões.
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