ECONOMIA
Feijão-de-corda substitui o feijão tradicional
Por Tássia Novaes, do A Tarde Line
Lentinha, ervilha, grão de bico, leguminosas ricas em proteínas, assim como a soja, alimento classificado como grão, podem ser utilizados como alternativa nutricional na substituição do feijão. Entretanto, estes alimentos contribuem para uma taxa elevada de acidez no organismo, podendo ser prejudicial à saúde no caso de pessoas com problemas inflamatórios e reumatismo. O ideal é consumir o feijão verde.
"A leguminosa seca gera muito ácido no organismo. É um meio de cultura de bactérias. O feijão verde não faz isso", alerta o clínico geral Fernando Hoisel, que cuida de pacientes com medicina alternativa há mais de 30 anos. Alimentos ácidos dificultam a cicatrização em processos infecciosos e acentuam dores na articulação. "É o que os mais antigos chamam de remoso", lembra Hoisel.
A nutricionista Kelly Adan, coordenadora de Nutrição do Hospital Espanhol, também destaca a importância do feijão verde, conhecido popularmente como feijão-de-corda. "É saboroso, rico em fibras e é melhor para o organismo por ser livre de componentes químicos, já que não passa pelo processo industrial como o feijão ensacado", explica.
Além de ser mais saudável, o feijão verde é comercializado atualmente em Salvador pela metade do preço do feijão tradicional. Na feira da Sete Portas, a unidade de medida do feijão-de-corda é um vasilhame de um litro. O produto é exposto em balaios de palha e costuma ser debulhado na hora, de acordo com a procura da freguesia. O preço varia entre R$ 2,50 e R$3 – menos que a metade se comparado com o preço médio do feijão carioca, vendido a R$ 6,40 nos supermercados da capital baiana.
A nutricionista Kelly Adan lembra também que o feijão preto está mais barato que o mulatinho – em média R$ 3,80 o quilo. "É rico em ferro, reduz a anemia", diz. Uma dica é consumir o feijão verde juntamente com uma fonte de vitamina C, como a couve ou suco de laranja. "Facilita a absorção dos nutrientes no momento da refeição", explica.
Já a soja, cujo cardápio pode ser variado, passando pelo leite de soja e carne de soja, é outro alimento com elevado teor de acidez. "A menos que seja consumida como os japoneses fazem, ou seja, o queijo tofu", sugere Hoisel.
Amplamente consumida no cardápio nacional, a combinação arroz com feijão concede ao organismo proteína animal, embora sejam dois itens do reino vegetal. "É fundamental para a reparação e construção de todos os tecidos do corpo", explica Adan. Evita a desnutrição e, além disso, equilibra o índice glicemico, ou seja, deixa estabilizada a taxa de glicose no organismo. "As pessoas não devem deixar de consumir arroz com feijão", completa.
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