SUSTENTÁVEL
Fórum vai abordar minerais estratégicos
Evento da CBPM avalia papel da Bahia na produção de minerais importantes para a transição energética
Por Fábio Bittencourt
Com o objetivo de discutir o potencial da Bahia na produção de minerais estratégicos na transição energética, esta que é uma demanda global da atualidade para a chamada economia de baixo carbono, ou baseada em fontes de energia com baixos níveis de emissões de gases do efeito estufa, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) promove hoje, em Salvador, o I Fórum Mineração & Sustentabilidade.
O evento acontece no Bistrot Trapiche Adega, na avenida Lafayete Coutinho, bairro do Comércio, de 8h às 17h, e vai reunir autoridades políticas, empresários, representantes de mineradoras, bem como lideranças do setor, entre outros especialistas no assunto.
Terceiro maior produtor nacional de minérios, dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) apontam que, até 2026, 14 municípios baianos devem receber investimentos da ordem de R$ 5,9 bilhões, em projetos de extração de minério de ferro, grafita, ouro, cobre, níquel, cromo, diamante, fosfato, titânio e vanádio.
Durante o encontro serão abrodados temas como, políticas públicas e regulação, boas Práticas na produção dos minerais estratégicos, responsabilidade social, desafios e oportunidades para uma transição energética sustentável, apresentação da capacitação mineral do estado.
O diretor técnico da CBPM, Manoel Barreto, conta que a idealização do seminário surgiu a partir de uma reunião com representantes do consulado da China no Brasil, visando "abordar a aproximação e opções de mineração no estado". De acordo com o geólogo, o debate girou em torno dos "minerais de transição".
"Há uma série de elementos usados nessa chamada transição. O lítio, por exemplo, é um deles. Vem sendo utilizado na produção de baterias para veículos elétricos. O consumo de níquel, cobre aumentou muito, sobretudo na fabricação de geradores, torres e usinas eólicas. Há uma demanda forte na Bahia e no mundo, o cobre é um dos minerais de transição, em novas tecnologias, que surgem como alternativa", diz Barreto.
Ele conta ainda que a região norte da Bahia figura como um dos grandes polos de produção mineral no estado, com uma área de quase 200 Km intitulada como "Província Metalogenética", que abrange os municípios de Campo Alegre de Lourdes, Remanso, Pilão Arcado e Santa Rita de Cássia, locais com importantes depósitos, em especial de níquel, cobre, cobalto, ferro, titânio, vanádio, fosfato e grafite, afirma o diretor Técnico da CBPM.
"Nessa região é realizado um levantamento aerogeográfico, feito a partir de helicóptero, no qual é transportado um dispositivo capaz de emitir e captar sinais de presença mineral, reunindo dados", fala Barreto.
Participam do fórum como palestrantes, o geólogo da CBPM, Luis Fernando Cavalcante; o CEO da Homerun Resources, Brian Leeners; o CEO da SAM, Jin Yongshi; o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, Julio Cesar de Sá Rocha; a analista de Suprimentos Sênior da Vale, Carolina Nascimento; e a coordenadora de Política Regulatória da Agência Nacional de Mineração, Valéria Melo.
O time de oradores conta ainda com o economista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), João Gabriel Rosas Vieira; o presidente do Sindimiba, Sandro Magalhães; o diretor comercial da CGN Brasil Energia, Li Li; o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodre; o doutor por Harvard, Terence Trennepohl, e a especialista em Direito do Ambiente pela Universidade de Coimbra, Raissa Pimentel.
“A CBPM vai ser uma ferramenta de fomento. Nós precisamos dar um salto qualitativo“, diz, por meio da assessoria, o presidente da CBPM, Henrique Carballal.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes