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FUP reivindica à Petrobras retorno de empregados transferidos da Rlam

Pedido acontece após possibilidade de volta das operações da estatal à refinaria de Mataripe

Publicado sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024 às 16:34 h | Atualizado em 16/02/2024, 19:38 | Autor: Da Redação
Refinaria Landulpho Alves (Rlam),  localizada em Mataripe, na Bahia
Refinaria Landulpho Alves (Rlam), localizada em Mataripe, na Bahia -

A Federação Única dos Trabalhadores (FUP) enviou à Petrobras um documento que solicita que os trabalhadores transferidos da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam) - privatizada em dezembro de 2021 - possam optar por retornar à unidade. O pedido acontece após a possibilidade de volta das operações da estatal à refinaria de Mataripe, na Bahia.

Segundo a FUP, o documento, entregue no dia 6 de fevereiro, afirma que o processo de privatização da refinaria baiana para a Acelem, aconteceu ‘de forma violenta’ e levou os cerca de 830 trabalhadores ao adoecimento devido às transferências compulsórias e repentinas, sem a participação do sindicato e da federação nas negociações.

“A suspensão das transferências involuntárias e a constituição do Grupo de Trabalho que discute efetivos e transferências foram uma vitória da categoria, mas ainda temos muito que avançar”, diz o ofício.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, comemorou o anúncio de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, sobre a possível finalização da nova configuração societária e operacional da Rlam ainda no primeiro semestre de 2024, ,as enfatiza a importância de os trabalhadores poderem retornar a seus postos.

“Foram quase 700 pessoas transferidas arbitrariamente, sem qualquer negociação com o Sindipetro Bahia e nem com a FUP, muito menos com os trabalhadores e trabalhadoras”, lembra Bacelar.

Reivindicações

No início do ano, a FUP encaminhou também à Petrobras, um documento com algumas reivindicações, entre elas a realização de investigação interna sobre eventuais irregularidades, conflitos de interesse e parâmetros adequados de avaliação na venda da Rlam, com a participação de representante da entidade na comissão de investigação e o afastamento preventivo dos gerentes que estavam envolvidos no processo de venda da RLAM, a fim de manter a integridade de dados, informações e investigação.

O documento teve como base o posicionamento da Controladoria Geral da União (CGU), confirmando que a Rlam foi vendida abaixo do preço de mercado - denúncia antiga da Federação. Em dezembro de 2021, a refinaria foi vendida por 1,65 bilhão de dólares.

“À época da venda da Refinaria Landulpho Alves, a FUP recorreu ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Poder Judiciário, buscando alertar que o preço estava abaixo do mercado. Segundo análise do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), a venda da refinaria foi feita pela metade do preço. Pelos cálculos do Instituto, a Rlam estaria avaliada entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões”, lembra Bacelar.

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