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ECONOMIA

Fusão à vista para criar o gigante mundial das Bolsas"

Por AFP

26/05/2006 - 17:34 h

A Bolsa de Nova York (New York Stock Exchange, NYSE) e o operador europeu Euronext consolidaram esta semana um projeto de aliança para criar um gigantesco mercado.



A NYSE, maior mercado do mundo, ofereceu cerca de 8 bilhões de euros (10,2 bilhões de dólares) em dinheiro e ações, pelo Euronext, operador das Bolsas de Paris, Bruxelas, Amsterdã e Lisboa.



A oferta, muito bem recebida pelo operador europeu, abalou o mercado financeiro, que vive em ferrenha concorrência mas tende a alianças estratégicas.



O Euronext também é cobiçado pelo operador da Bolsa de Frankfurt, o Deutsche Boerse, que detalhou nesta semana sua oferta, mas não seduziu o grupo europeu.



Se a operação se concretizar, a fusão dará origem ao primeiro mercado financeiro do mundo e será chamado de "NYSE Euronext". O valor acumulado de todas as sociedades com cotação neste mercado somaria 27 bilhões de dólares, três vezes mais do que seu maio concorrente.



"A NYSE Euronext será o único mercado financeiro realmente mundial, e o de maior liquidez no mundo, oferecendo vantagens incomparáveis aos investidores nos Estados Unidos, na Europa e em todo o mundo", destacou John Thain, presidente da NYSE.



A direção da Euronext e, depois, seus acionistas aceitaram a oferta da NYSE, recusando ao mesmo tempo a do Deutsche Boerse, apesar desta ter sido ligeiramente superior (8,6 bilhões de euros) à dos americanos.



"A transação com a NYSE é a combinação mais atraente", disse a Euronext em um comunicado.



A proposta da NYSE "oferece o melhor preço, as melhores sinergias e um risco menor em sua execução", comemorou o presidente da Euronext, Jean-François Théodore.



No entanto, o futuro casamento NYSE-Euronext, que deixará de lado o grupo alemão, coloca em situação precária o projeto de construção européia em sua vertente econômica e financeira, segundo alguns observadores.



"Há um sentimento de fracasso para a construção européia", afirmou quinta-feira o presidente da Confederação das empresas européias, o francês Ernest-Antoine Seillière.



"Diante da idéia de que os americanos vão se apossar dos mercados financeiros europeus, há um sentimento de fracasso para a construção européia", disse.



Seillière disse que o fato de "não termos sido capazes de unir Frankfurt e Paris" demonstra e reflete a profunda crise na qual está instalada a Europa.



Além disso, a fusão NYSE-Euronext obrigará também a reagir à Bolsa de Londres, o London Stock Exchange (LSE), outro gigante mundial do setor no qual a bolsa eletrônica americana, o Nasdaq, já tem participação de 25%.



O nascimento de um operador transatlântico pode impor, em efeito, uma temível concorrência para o LSE, cuja ação caiu nesta semana com alguns operadores criticando sua atitude passiva diante de grandes manobras de fusão do setor.



Além disso, nem a LSE nem o Nasdaq estão presentes nos muito lucrativos mercados de opções e produtos derivados, um setor no qual a aliança NYSE-Euronext aparece especialmente rentável.



Na realidade, a Euronext possui desde 2002 o London International Financial Futures and Options Exchange (LIFFE), plataforma londrina de intercâmbio de derivados.

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