ECONOMIA
Governo Federal deve reeditar decreto que reduz IPI em até 25%
Equipe econômica discutiu os impactos da medida nos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus
Após ouvir o governador do Amazonas, o presidente Jair Bolsonaro estuda reeditar o decreto que reduz em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), assinado pelo Executivo no último dia 25 de fevereiro.
Reunidos nesta quarta-feira, 9, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a equipe econômica do governo, discutiram os impactos da medida nos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus.
“O Amazonas não é contra a redução do IPI. Nós entendemos a boa intenção do governo federal nesse processo de reindustrialização do país e também de aumentar a questão da competividade. A nossa maior preocupação é com a Zona Franca de Manaus. Nós, há algum tempo, temos conversado e discutido a retirada dos produtos que são fabricados na Zona Franca de Manaus nessa redação do IPI para permitir que essas empresas tenham competitividade no estado do Amazonas”, afirmou o governador.
“Nós tivemos a garantia de que os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, que têm já o seu PPB [Processo Produtivo Básico], eles não sofrerão essa redução do IPI”, acrescentou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a reedição já estava sendo discutida com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o senador Jean Paulo Prates (PT-RN), relator das propostas sobre combustíveis. Segundo Pacheco, Guedes admitiu que o governo está avaliando reeditar esse decreto, após técnicos da Receita Federal apontarem deficiências na medida. O ministro, contudo, não deu prazo para isso.
“Essa redução de 25% na alíquota do IPI foi uma medida do governo federal, há alguma resistência, especialmente em relação ao que é um interesse não só do Amazonas, mas do Brasil, de preservação da Zona Franca de Manaus. Há uma reivindicação de uma ressalva em relação a esses produtos, que são objetos de processamento específico na Zona Franca de Manaus. Segundo sei, o Ministério da Economia precisará reeditar o decreto em razão de deficiências que aconteceram no primeiro decreto, inclusive apontadas pela própria Receita Federal”, disse Pacheco.
“Vamos aguardar, esse foi objeto, inclusive, de conversa hoje também com o ministro Paulo Guedes, vamos aguardar o posicionamento do Ministério da Economia”, acrescentou.
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