Governo prevê privatização para a Eletrobras em 15 dias

A privatização da Eletrobras já tem data marcada: 13 de junho. A estatal comunicou nesta sexta-feira, 27, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) detalhes sobre a operação que tirará o governo do controle companhia.

Nesta sexta-feira, 27, a Eletrobras lançou oferta de ações na Bolsa de Valores como parte do processo de privatização da empresa. Com a venda de mais de 627 milhões de ações, a Eletrobras deixará de ter a União como sócia majoritária, movimentando mais de R$ 30 bilhões no mercado de capitais. Pelo cronograma previsto no fato relevante publicado pela companhia, entre 2 e 8 de junho os interessados poderão fazer reserva de ações. A definição do preço por ação será no dia 9 do mês que vem.

Com isso, o governo reduzirá sua participação no capital social da Eletrobras. A expectativa é que, após essa redução, ele passe a ter só 45% das ações com direito a voto, ou seja, menos da metade necessária para que decidir sozinho os rumos da companhia.

Sindicatos e movimentos populares têm se manifestado contra a privatização da estatal. Uma série de ações judiciais estão sendo elaboradas para questionar a legalidade e a forma como as ações da Eletrobras serão vendidas.

Parte dessas ações devem se guiar pelos erros ou omissões já apontadas pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, sobre o processo. Ele foi o único que se posicionou contra a venda.