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ECONOMIA

Herval fatura R$ 2 bi com iPhones e colchões

Por Naiana Oscar | Agência Estado

22/04/2013 - 9:39 h | Atualizada em 19/11/2021 - 5:18

O empresário Agnelo Seger, de 60 anos, precisou de 40 minutos para concluir a explicação sobre o que faz o Grupo Herval, fundado por seu pai na cidade de Dois Irmãos, a 60 km de Porto Alegre. A empresa, que começou como uma madeireira em 1959, hoje fabrica móveis, sofás, espuma e colchões; tem uma construtora, uma financeira, uma corretora de seguros e uma administradora de consórcios; mas também vende ferramentas, materiais de construção e eletrodomésticos, importa e distribui pneus. E em meio a tudo isso, a empresa também vende iPhones, MacBooks, iMacs, iPads.

O Grupo Herval é o maior revendedor oficial da Apple no Brasil, com a rede de lojas iPlace, dona de 30 unidades em 13 Estados. Essa parceria improvável começou em 2010, quando um representante comercial da Apple propôs aos donos da Herval que vendessem alguns produtos da empresa na sessão de informática da maior varejista do grupo, a rede regional taQi, que tem 72 lojas no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina.

“Mas nós não queríamos vender Apple na nossa rede; queríamos ter uma loja da Apple, de preferência no meio da Avenida Paulista”, disse Germano Grings, um dos primos de Seger e responsável pela área de tecnologia e varejo.

Ter uma loja da Apple na avenida mais famosa de São Paulo não seria possível, mas se eles quisessem abrir uma revenda no Rio Grande do Sul teriam todo o apoio da companhia americana, que naquela época procurava um parceiro na região Sul. Em menos de um mês, o acordo com a Apple estava fechado.

Desde então, eles seguem à risca a cartilha dos discípulos de Steve Jobs, a começar pelo absoluto sigilo sobre a operação. Ao contrário do que estão acostumados a fazer no grupo Herval - em que tomam as decisões sozinhos e criam negócios de uma hora para outra -, na iPlace, Grings e Seger estão completamente engessados. Quem manda é a Apple. “Em três anos, das 10 mil sugestões que já fizemos a eles, só uma delas, bem simples, foi acolhida”, diz Grings, sem detalhar o que é.

Ao que parece, até agora, eles têm agradado aos americanos. Em dezembro de 2011, por sugestão da própria Apple, compraram as sete unidades da rede My Store, em São Paulo. Hoje, além da iPlace, a Apple tem outros dois revendedores autorizados no Brasil: a A2You, dos mesmos donos da Fast Shop, e a iTown, do Grupo Saraiva.

Concorrência

Como a margem de lucro dos produtos é muito baixa para quem administra essas revendas, os donos da Herval ganham dinheiro mesmo é com a venda de acessórios e serviços de assistência técnica. Por enquanto, garantem que tem sido um bom negócio. A dúvida é se continuará sendo interessante mesmo depois de a Apple abrir sua primeira loja própria no Brasil - a empresa já anunciou uma unidade no Rio.

É natural que uma loja como essa, com uma variedade maior de produtos e o reconhecido atendimento “Apple”, afete o desempenho das revendedoras. Mas os donos da Herval preferem pensar que a operação, em vez de atrapalhar, vai beneficiar a rede iPlace com o reforço de marketing. Eles também não acreditam que os americanos conseguirão multiplicar facilmente o número de Apple Stores no País, por conta da complexidade do mercado brasileiro. “A diversificação foi um processo natural desde o início”, diz Agnelo Seger. Passados 54 anos, o Grupo Herval é responsável por 60% da arrecadação do município, hoje com 28 mil habitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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