ECONOMIA
IBGE: 1 em cada 5 trabalhadores eram MEI em 2021 na Bahia
Na Bahia, eram 704.907 pessoas atuando como MEI
Por Da Redação
Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta nesta quarta-feira, 4, aponta que em 2021, uma a cada cinco pessoas que trabalhavam em empresas formais era um microempreendedor individual (MEI) na Bahia.
Um total de 704.907 pessoas eram MEI na Bahia, 5º maior contingente do país, equivalente a 5,3% dos MEIs do Brasil. Ainda segundo os dados, 1 em cada 5 que trabalhavam em empresas formais era empreendedor individual (22,7%), ou seja, a terceira maior proporção do país.
O contingente de MEIs correspondia a uma fatia de 19,2% dos profissionais ocupados em condições formais no mercado de trabalho. Os dados são do estudo Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2021 e foram divulgados nesta quarta-feira, 4.
No Brasil, em 2021, foram identificados 13.194.470 MEIs, que representavam 19,2% das pessoas ocupadas em empresas formais no país, incluindo os MEIs. Em números absolutos, o estado de São Paulo liderava no total de MEIs (3.586.574), seguido pelo Rio de Janeiro (1.521.315) e Minas Gerais (1.461.986).
A proporção de microempreendedores no mercado de trabalho formal cresceu nos anos de pandemia de covid-19, ficando consideravelmente maior do que a observada em 2019, no pré-crise sanitária, quando 15,2% dos ocupados eram microempreendedores individuais. Essa fatia aumentou a 17,5% dos ocupados no ano seguinte, em 2020.
"A gente vê que o MEI cresceu não só em termos absolutos, como do ponto de vista de participação. Ele cresceu tanto no total de empresas como no total de ocupados, mostrando assim a relevância desse segmento", afirmou o pesquisador Thiego Ferreira, responsável pelo estudo do IBGE. "Pode ter efeito (da pandemia de covid), a mão de obra viu o microempreendedor individual como uma oportunidade de, de repente, compensar uma perda de renda, pode ter sim relação", acrescentou.
Na Bahia, as mulheres eram mais representativas entre os MEIs do que no total de pessoas que trabalhavam em empresas formais (sem levar em conta os MEIs). Dos 704.907 MEIs baianos, em 2021, 46,0% (324.221) eram mulheres. Considerando as pessoas ocupadas em empresas formais no estado naquele ano, exclusive os MEIs, as mulheres eram 39,1%.
Antes da pandemia, em 2019, havia 9,6 milhões de pessoas trabalhando como MEI, contingente que subiu a 11,2 milhões no ano seguinte, em 2020. No ano de 2021, quase 13,2 milhões de pessoas trabalhavam como microempreendedores individuais. Como consequência, a fatia de MEIs no total de empresas existentes no Brasil saiu de 64,7% em 2019 para 67,3% em 2020, subindo a 69,7% em 2021.
"Com certeza a pandemia deve ter tido algum impacto para a adesão a esse tipo de empreendimento, de regime tributário", analisou Ferreira.
Distribuição regional
O Estado de São Paulo concentrou o maior contingente de MEIs, 3,587 milhões de trabalhadores nessa condição, seguido por Rio de Janeiro (1,521 milhão) e Minas Gerais (1,462 milhão). As três Unidades da Federação detinham juntas praticamente metade (49,8%) de todos os MEIs identificados pela pesquisa do IBGE.
Já os Estados que tinham as mais elevadas participações de MEIs entre os trabalhadores ocupados na formalidade foram liderados pelo Rio de Janeiro (26,0%), seguidos por Espírito Santo (24,8%), Bahia (22,7%), Goiás (22,4%), Mato Grosso do Sul (22,4%) e Tocantins (22,3%).
Distribuição por atividades econômicas
Em 2021, mais da metade (50,2%) dos MEIs atuava no setor de Serviços; 29,3% estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; 10,8% na Indústria geral; 9,4% na Construção; e apenas 0,3% na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
O setor com maior presença de MEIs foi o ramo de Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza, concentrando 9,1% do total de microempreendedores do País, 1,197 milhão de pessoas. Entre os trabalhadores formais ocupados no ramo, 90,4% atuavam como MEI.
A segunda posição no ranking de concentração de MEIs foi do Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (reunindo 7,1% de todos os microempreendedores, quase 940 mil pessoas), e Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (6,3%, 827 mil empreendedores).
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