ECONOMIA
Indústria baiana tem segunda maior queda do país
Produção do setor no estado encolheu 5,4% em abril, segundo o IBGE
Por Da Redação
A produção industrial da Bahia, em abril, voltou a cair frente ao mês anterior, no caso, março (-5,4%). O estado mostrou o seu primeiro desempenho negativo após três meses seguidos de crescimento nessa comparação com ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2023, a produção recuou 3,5%, apresentando um segundo resultado negativo consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (em março, tinha ocorrido queda de 3,4%). os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
O resultado da indústria baiana foi bastante inferior ao do país como um todo, onde houve crescimento (8,4%) e também foi o segundo pior índice entre os 18 locais que têm resultados nessa última comparação, novamente à frente apenas do Pará (-13,5%). Os dois estados foram os únicos a ter retração nesse indicador, no mês.
Dentre os 16 locais com alta na produção industrial frente a abril de 2023, os melhores resultados foram registrados no Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%) e Pernambuco (13,2%).
Mesmo com as retrações de abril, a indústria da Bahia ainda acumula aumento de 1,6% na produção, nos primeiros quatro meses de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador, porém, fica abaixo do registrado no país como um todo (3,5%) e é somente o 14º crescimento entre os 18 locais, 17 dos quais mostram altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em abril, a produção industrial baiana apresenta variação negativa (-0,2%), também abaixo do verificado nacionalmente (1,5%) e o 6º pior resultado entre os 18 locais pesquisados.
Refino de petróleo
A queda na produção industrial da Bahia frente a abril/23 (-3,5%) ocorreu apesar da quarta alta seguida na indústria extrativa (11,1%). Foi consequência da segunda retração consecutiva na indústria de transformação (-4,3%), que apresentou recuos em 5 das 10 atividades investigadas separadamente no estado.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-11,4%) caiu pelo segundo mês seguido e foi, novamente, a que mais contribuiu para o resultado negativo da indústria baiana em geral.
Embora tenha tido a segunda maior retração, a atividade tem o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia. Ainda assim, no acumulado dos primeiros quatro meses de 2024, o segmento ainda apresenta resultado positivo (0,9%).
A metalurgia (-33,8%) teve a maior retração entre todas as atividades pesquisadas e deu a segunda maior colaboração para o resultado negativo geral da indústria baiana. O segmento cai seguidamente há quatro meses.
Produtos alimentícios
Por outro lado, entre as 5 atividades da indústria de transformação com resultados positivos na Bahia, em abril, a fabricação de produtos alimentícios (8,2%), apesar de ter apresentado apenas o 4º maior aumento, foi a principal influência no sentido de segurar a queda geral da produção industrial baiana. O segmento cresceu pelo terceiro mês seguido e tem alta acumulada de 4,2% em 2024.
A segunda principal colaboração positiva para a produção da indústria baiana, em abril, veio da fabricação de produtos de borracha e material plástico (13,0%), que cresceu pelo sétimo mês consecutivo.
Porém, o segmento da indústria baiana que apresentou a maior alta em abril foi a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (65,8%), que apresentou o seu melhor resultado na série histórica.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes