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Leilão abre espaço para petroleiras de menor porte

Publicado quinta-feira, 28 de novembro de 2013 às 17:49 h | Atualizado em 19/11/2021, 05:35 | Autor: Sabrina Valle, Wellington Bahnemann, Mônica Ciarelli e André Magnabosco | Agência Estado

Um leilão voltado para blocos em terra, onde a exploração é mais barata, abriu espaço para petroleiras de menor porte na indústria brasileira. Petra, Cowan, Nova Petróleo e Ouro Preto estão entre as 12 companhias que levaram blocos na rodada. O geólogo Pedro Zalán destacou o fato de a Petrobras ter feito lances em parceria com algumas dessas empresas. "Vejo como um incentivo para que cresçam", disse.

O leilão marcou, por exemplo, o início de uma parceria da Ouro Preto com a Petrobras, uma associação que a OGX não conseguiu concretizar. A empresa é comandada pelo ex-presidente da OGX e OSX Rodolfo Landim, ex-braço-direito e hoje desafeto do empresário Eike Batista, fundador da OGX. "Pergunte lá para a Petrobras por que eles quiseram se associar com a gente", disse, sobre a nova parceria. "O que posso dizer é que estou feliz."

A empresa arrematou sete blocos, todos em parceria, na Bacia do Recôncavo, a mais disputada da rodada por ter boa infraestrutura e geologia conhecida. Das 12 empresas que arremataram blocos, oito são brasileiras e quatro estrangeiras. Entre elas, está a colombiana Trayectoria, que levou dez blocos na bacia Sergipe-Alagoas.

Ainda desconhecida no Brasil, a Trayectoria é especializada em exploração de petróleo e gás em terra e tem atuações em Colômbia, Peru, Equador e Guatemala. No Brasil, o grupo já atua com um único bloco na mesma bacia por meio da empresa Integral. "É um país que nos dá tranquilidade para investir", disse a diretora Dora Espinosa.

Marcaram também presença no leilão as empresas do setor elétrico. A GDF Suez, controladora da Tractebel, arrematou seis blocos na Bacia do Recôncavo e a estatal paranaense Copel ganhou quatro blocos na Bacia do Paraná. A proximidade entre esse leilão e o do setor elétrico foi bastante destacada pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann. A expectativa do governo é de que as empresas vencedoras usem o gás em terra para gerar energia elétrica em termelétricas, valendo-se do robusto sistema de transmissão.

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