EXCLUSIVO
Maioria dos nordestinos diz ter dinheiro para gastar na Black Friday
Pesquisa do Google também revelou aumento de buscas na web por itens de beleza e cuidados pessoais na região
Em meio ao aumento de 24% nas buscas pela Black Friday no Brasil, os habitantes da região Nordeste afirmaram ter dinheiro para comprar durante a data, em 24 de novembro. O dado foi revelado em levantamento exclusivo disponibilizado ao Portal A TARDE pelo Google nesta quinta-feira, 28, durante o evento anual de intenções de compra realizado pela empresa.
A pesquisa encomendada pela gigante da internet à Offerwise, ouviu mais de 1.800 brasileiros conectados das classes A, B e C, e de todas as regiões, em julho deste ano. Cerca de 35% dos nordestinos disse ter menos da metade do orçamento comprometido com dívidas e gastos recorrentes. Outros 23% pontuaram que metade do orçamento já está comprometido, enquanto 20% e 17% afirmaram que têm mais da metade e todo o orçamento comprometido, respectivamente.
O estudo mostrou ainda que a maioria dos brasileiros estão otimistas que a sua situação financeira (68%) e a do país (51%) vão melhorar até o final do ano. Entre as regiões, o Norte é onde as pessoas estão mais otimistas com a melhora de sua própria condição (74%) e a do país (60%), seguido do Nordeste, que registrou 71% e 53%, respectivamente.
“No Nordeste, 71% têm essa esperança, esse otimismo de que a própria situação financeira vai melhorar. A gente vê esse otimismo refletindo quando a gente fala de bolso, então, a maior parte das pessoas está com menos da metade do bolso comprometido", explica Nathalia Camargo, diretora de commerce do Google.
“A gente viu durante o ano inteiro a importância da regionalização. Para cada categoria tem um comportamento que pode ser diferente. Então, a marca precisa entender onde ela tem maior penetração ou fazer essa comunicação regional justamente para capturar essas oportunidades. E acho que um ponto super importante, uma coisa que o Google tem feito é também disponibilizar alguns formatos de campanhas em que os varejistas têm, por exemplo, o alcance local ou regional, para que eles consigam expandir a situação numa determinada região do país. Então, a gente tem visto isso acontecer de uma forma muito interessante", completou ela.
Beleza em alta
De acordo com o estudo, as roupas e acessórios lideram as intenções de compra no Nordeste, mas os nordestinos têm pesquisado mais na web por itens de beleza e cuidados pessoais. A busca pela categoria está quatro pontos percentuais acima da média nacional.
Roupas e acessórios, calçados, eletrodomésticos, celulares e roupas e calçados esportivos são as cinco categorias com maior intenção de compra dos brasileiros. Os dados variam entre as regiões. No Sul e Sudeste, por exemplo, os artigos que mais cresceram na intenção de compra foram para animais de estimação (+7p.p e + 10 p.p., respectivamente).
No Norte, as roupas e os calçados registaram intenção de compra 23 pontos percentuais maior do que no ano passado. No Centro-Oeste, a busca por games cresceu 24 pontos percentuais em relação a 2022 e também está maior do que na média do país.
Múltiplas possibilidades de compra
De acordo com o estudo do Google, o número de possibilidades da jornada de compra do consumidor pode chegar a 130 milhões. A análise, que leva em consideração a comparação dos perfis identificados na pesquisa com o consumo em diferentes categorias de produtos, aponta ainda o papel da inteligência artificial para o aumento em 18% nas conversões por meio de campanhas utilizando plataformas da empresa (como o YouTube, Display, Busca, o Discover, Gmail e Maps).
Há distinção das jornadas em itens como alimentos, celulares, roupas e viagens. Rodrigo Paoletti, líder de produtos de performance do Google Brasil, diz que a pesquisa de informações antes da compra é uma etapa da jornada que pode acontecer tanto em canais on-line quanto offline. Para alimentos, por exemplo, é mais offline do que para roupas ou celulares. Mas, além de ser mais offline, os alimentos são a categoria com menor antecipação – o tempo médio para alimentos é de apenas sete dias antes da data.
“O consumo acontece de forma concomitante, ele consome com intensidade, tanto no online quanto no off-line, então chega naquela conversa é on ou off, e essa dualidade acabou, a gente vê é on e o off, juntos, e é assim que ele recorre todo esse caminho da jornada. A Black Friday acontece no dia 24, mas na verdade ela acontece muito antes, isso é que varia de acordo com a categoria. Então, quem define quando a jornada começa não é o mercado, mas é o consumidor. A gente vê categorias, por exemplo, que já começaram a pesquisar com 30 dias de antecedência”, afirmou com base no estudo divulgado também nesta quinta-feira, que indicou um aumento nas buscas pelo termo de Black Friday.
“Todos esses aprendizados nos permitiram concluir que, para cada consumidor, precisamos ter uma Black Friday. Da combinação da relação com a Black Friday e do comportamento dos consumidores, com as categorias, produtos e momentos, surgem inúmeras possibilidades. É preciso estar preparado para essas jornadas cada vez mais imprevisíveis e a IA é o que permite entender o melhor momento de se conectar com o consumidor”, ressalta Paoletti.
*De São Paulo, à convite do Google.
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