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ECONOMIA

Mais brasileiros conseguem fazer reserva financeira

Ter dinheiro extra é essencial para atender demandas urgentes e reduzir chance de endividamento

Inara Almeida*

Por Inara Almeida*

11/09/2023 - 6:00 h | Atualizada em 11/09/2023 - 15:59
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Falta de gás, necessidade de reparo urgente em casa ou no carro, demissão inesperada, incidente de saúde. Estes são alguns contratempos que, volta e meia, geram dor de cabeça e bagunçam a vida financeira de muita gente. Ter uma reserva de emergência é a melhor alternativa para dar conta de demandas inesperadas sem maiores preocupações e, ao que tudo indica, mais pessoas vêm se dando conta disso. Uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Datafolha, revela que, em 2022, 32% dos brasileiros conseguiram poupar dinheiro, ante 27% em 2021.

William Sacramento, 22, foi um dos que começou a fazer sua reserva financeira no ano passado. Autônomo, o designer gráfico e editor de vídeos investe entre R$ 300 e R$ 1 mil mensalmente através do Tesouro Selic. Seu objetivo é conseguir juntar R$ 200 mil. “Desde que comecei a juntar dinheiro, em 2022, ainda não mexi. Senti a necessidade de ter algo guardado caso tenha alguma emergência. Agora, além disso, também pretendo sair do aluguel, então, sigo juntando”, pontua.

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A iniciativa de William, segundo o consultor financeiro Iuri Cordeiro, é o primeiro passo para qualquer pessoa que pretende ter uma vida financeira mais tranquila. Além de oferecer segurança diante de possíveis ocorrências, a reserva reduz consideravelmente as chances de endividamento.

Orçamento doméstico

“Todos nós deveríamos gerir o orçamento doméstico como uma empresa, com os ganhos, os gastos, que devem ser menores que os ganhos, e ainda é preciso ter um espaço para poupar e investir. A reserva possibilita tranquilidade no futuro, para que seja possível reduzir o ritmo de vida laboral sem precisar cair demais o padrão, e evita endividamento”, destaca Cordeiro.

Em meio às diversas realidades existentes, acumular reserva de emergência é uma tarefa mais difícil para uns do que para outros. Ainda segundo o levantamento da Anbima, mais da metade das pessoas que conseguiram poupar dinheiro são das classes A e B (52%), seguidas da classe C (31%), D e E (16%).

Apesar das dificuldades, no entanto, a iniciativa não é impossível. De acordo com a economista e professora da Unijorge, Jamily Dias, para quem quer começar, o mais importante é fazer uma análise criteriosa da vida financeira, com foco nos gastos.

Jamily diz que o ideal é estabelecer um valor mensal para a reserva de emergência
Jamily diz que o ideal é estabelecer um valor mensal para a reserva de emergência | Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE

“É preciso revisar desde os gastos essenciais até os supérfluos. Feito isso, é necessário identificar onde estão localizados os excessos, para a partir de então liberar espaço para começar a poupar. O ideal é estabelecer um valor mensal para economizar e destinar a reserva de emergência”, aconselha.

E para quem quer começar a juntar dinheiro, a regra é clara: se esperar sobrar para guardar, não vai dar certo. O ideal, segundo Iuri, é não esperar o final do mês para poupar, mas sim reservar, antes de começar a gastar, de 10% a 15% da renda para a reserva de emergência.

Sem prejuízos

A melhor alternativa para guardar o dinheiro destinado à reserva de emergência precisa atender a critérios primordiais, como liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade. Isso significa que o valor poupado deve ser guardado ou investido onde possa ser retirado com facilidade, sem prejuízos e atrelado a bons rendimentos.

Entre as inúmeras alternativas, o Tesouro Selic mostra-se uma boa opção para montar uma reserva de emergência, já que, além da liquidez e segurança, acompanha a taxa básica da economia. Para os que não querem comprar um título público, outra possibilidade é o CDB (Certificado de Depósito Bancário), que paga, normalmente, 100% do CDI ( Certificado de Depósito Interbancário).

Outra coisa que exige atenção é o momento certo de mexer na reserva, afinal, ter dinheiro guardado não deve ser sinônimo de permissão para cometer excessos financeiros. O montante para emergências só deve ser utilizado para cobrir situações inesperadas e que fujam do controle orçamentário.

* Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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