SALVADOR
Marisqueiras participam de projeto para aprimoramento profissional
Além disso, as beneficiadas recebem equipamentos de trabalho e de proteção individual
Por Da Redação
Mais de 50 mulheres marisqueiras e pescadoras de Salvador participam de oficinas para o aprimoramento profissional pelo projeto Afromar. Estão contempladas mulheres que fazem parte da Associação de Pescadores e Recreativa do Subúrbio de Salvador (Apress) e da Associação dos Pescadores de Monte Serrat e da Península de Itapagipe Vida Nova (Aspemsi).
Presidente da Associação Mão Amiga, instituição executora do projeto, Ademir Santos explica que o projeto surgiu a partir do levantamento de demandas do segmento. “Vamos oferecer oficinas de empreendedorismo, economia solidária e combate ao racismo e à intolerância religiosa, visando fortalecer comunidades tradicionais que contam com pessoas em situação de vulnerabilidade”, explica Ademir.
Além disso, as beneficiadas receberam nesta sexta-feira, 15, equipamentos de trabalho como carro de mão, caixa térmica, tesoura, faca, caixa vazada e balde. No final do projeto, será realizada a entrega dos equipamentos de proteção individual, como chapéu, luvas, botas e jardineira.
Maria Solange, 65 anos, é uma das marisqueiras beneficiadas com o projeto e relata a importância dos materiais para o trabalho na área. “É um kit que vai facilitar diversas etapas do nosso trabalho, desde a higienização até o transporte e a conservação dos mariscos", avalia Maria Solange
Para a titular da Sepromi, Ângela Guimarães, o intuito do projeto é valorizar uma profissão transmitida entre gerações. “Estamos trabalhando para qualificar o ofício das pescadoras e das marisqueiras, contribuindo para que elas acessem novos mercados e ampliem a geração de renda. Assumimos o compromisso de articular novos parceiros institucionais para que mais mulheres recebam equipamentos e formação”, destacou a secretária.
O projeto, selecionado no Edital do Empreendedorismo Negro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), contou com um investimento total de R$ 4,2 milhões. Ao todo, serão financiados 25 projetos que, através da aquisição de equipamentos e realização de feiras territoriais, visam o desenvolvimento e a aceleração de negócios liderados por pessoas negras na Bahia.
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