ECONOMIA
Mercado de ações: início precoce é garantia para o futuro
Por Tássia Novaes, do A Tarde On Line
>>Conheça o programa de investimento para iniciantes da Bovespa
Investimentos baixos podem ser bastante lucrativos se planejados a longo prazo. Essa é a tática utilizada por jovens que passam a investir em ações no mercado financeiro antes mesmo de ter o primeiro emprego.
“Um investimento R$ 100 por mês, ao longo de 600 meses, ou seja, 50 anos, aplicado em boas ações permite a um investidor jovem atingir o desejável R$ 1 milhão”, explica Marcos Crivelaro, especialista em matemática financeira e consultor em finanças.
Para ser mais breve e otimista há ainda outra opção. Se aos 15 anos, um jovem investe R$ 100 por mês, aos 30 terá poupado cerca de R$ 150 mil. “O suficiente para comprar um imóvel, por exemplo”, sugere.
Por “boas ações” entende-se a participação como acionista de empresas e companhias que têm tradição no mercado financeiro como a Vale e a Petrobrás.
Dados de 2007 sobre o perfil de investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) dão conta que 18% dos participantes têm entre 11 e 20 anos de idade. Embora não seja a maioria – 25% tem entre 21 e 30 anos e 23% entre 41 e 50 anos -, o número é expressivo, segundo Crivelaro.
Na rede - A internet facilitou o acesso do público jovem no mercado financeiro por meio do Home Broker, uma ferramenta que permite a negociação de ações na rede. Sem precisar sair de casa, o investidor pode enviar ordens de compra e venda de ações através do site de da corretora. “Para o público jovem é como se fosse um grande jogo. Muitos começam com investimentos baixos juntamente com amigos e acabam tomando gosto pelos negócios", conta.
Há ainda um outro detalhe facilitador. Quem começa a operar cedo, geralmente, não depende do dinheiro investido para viver. “Se o dinheiro perdido - porque vai perder alguma coisa no inicio - for encarado como gasto em aprendizado, não há problema algum”, diz o administrador gaúcho Renan Petersen-Wagner.
Situação não muito cômoda para quem já atingiu a idade adulta e não conta mais com o conforto do colo dos pais. Nessa fase da vida, muitas vezes há menor disponibilidade de recursos para investimento devido a gastos fixos com habitação, transporte e alimentação da família. “A pessoa casada tem muito mais despesas e reservar recursos para investir pode ser pesado. O melhor é mesmo começar cedo”, defende Petersen-Wagner.
Já no time dos pais, a baiana Maria Angélica lembra com satisfação o primeiro contato do filho com a Bolsa de Valores. "Ele tinha apenas 13 anos, quando participou de um simulado promovido pelo Jornal do Brasil. Teve rendimento superior a vários outros participantes adultos, muitos deles, inclusive, economistas", conta. A afinidade do garoto com o assunto o levou longe. Atualmente com 36 anos, o filho de Maria Angélica, Gustavo Hupsel, é economista do City Bank e vive no Texas, nos Estados Unidos.
Para quem dispõe de muito pouco para ser investido mensalmente, a dica é acumular o valor em programas de Caderneta de Poupança ou Fundos de Renda Fixa. “Quando a pessoa atingir R$ 10 mil, poderá a investir 20%, ou seja, R$ 2 mil, em ações”, acrescenta Crivelaro.
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