DADOS DO IBGE
Mortalidade desacelera e nascimentos caem pelo 3º ano seguido na Bahia
Registros de casamentos e divórcios voltam a aumentar no estado, segundo relatório do IBGE
Por Da Redação
O relatório das Estatísticas do Registro Civil 2021, divulgado nesta quinta-feira, 16, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) com base em dados dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais e das Varas de Família, Foros ou varas Cíveis ou Tabelionatos de Notas, apontam que em 2021, segundo ano da pandemia de COVID-19, na Bahia e em Salvador, o total de mortes seguiu em alta, mas mostrou importante desaceleração, crescendo bem menos do que o recorde de 2020.
Por outro lado, tanto o número de casamentos civis quanto o de divórcios voltaram a crescer, após as quedas históricas no ano anterior - ainda que não tenham retornado aos patamares pré-pandemia.
Já a natalidade seguiu em baixa, com uma terceira redução consecutiva nos nascimentos registrados no estado e na capital e menos bebês nascendo em mais da metade dos municípios baianos.
Em 2021, as mortes cresceram 7,8% na Bahia, num ritmo acima da média para o estado, mas bem abaixo de 2020 (13,0%) e o 7º menor do país
No mesmo ano, ainda sob impacto importante da COVID-19, foram registradas 110.145 mortes na Bahia. O número foi 7,8% maior do que o verificado em 2020 (102.189), o que representou um saldo de mais 7.956 óbitos em um ano.
Com variações anuais relativamente modestas, o número de mortes mostra uma tendência geral de alta ao longo do tempo. O aumento registrado na Bahia, entre 2020 e 2021 (+7,8% ou mais 7.9756 óbitos), foi significativamente menor do que o recorde da passagem de 2019 para 2020 (+13,0% ou mais 11.785 óbitos). Ainda assim continuou bem acima da média verificada entre 2000 e 2019 (+2,0% ou mais 1.484 mortes ao ano) e foi o segundo maior, em termos absolutos, em toda a série histórica do do IBGE, iniciada em 1974.
A alta da mortalidade na Bahia entre 2020 e 2021 (+7,8%) também foi bem menor do que a do Brasil como um todo. No país, o número de mortes cresceu 18,0% no período, num ritmo mais intenso do que o verificado de 2019 para 2020 (+14,9%) e chegando a 1.786.347 óbitos, 272.772 a mais, em um ano.
Como já havia ocorrido em 2020, em 2021 o número de óbitos cresceu em todos os estados, com 17 dos 27 apresentando taxas de dois dígitos.
Em termos absolutos, a Bahia (+7.956) teve apenas o 8º maior aumento. Já em termos percentuais, a taxa de crescimento baiana (+7,8%) foi novamente a 7ª mais baixa entre as 27 unidades da Federação.
Brasil
Em todo o país, o número de óbitos cresceu 18% em 2021, com cerca de 273 mil mortes a mais do que em 2020, totalizando 1,8 milhão e batendo um novo recorde, segundo divulgou o IBGE. Esses números representam o maior resultado absoluto e também a maior variação percentual na comparação com o ano anterior desde 1974. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de óbitos já havia chegado ao seu maior nível (1,5 milhão) histórico.
Outro ponto do relatório mostram que, no Brasil, o número de divórcios no Brasil atingiu recorde de 386,8 mil em 2021. Esse total representou uma alta de 16,8% frente a 2020, uma diferença de 55,6 mil divórcios, a maior variação em relação ao ano anterior desde 2011 (quando tinha sido de 45,4%).
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes