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FINANÇAS

Número de jovens que buscam negociar dívidas cresce 62,1%

Mais de 638 mil baianos negociaram débitos até julho, sendo que o destaque ficou com pessoas entre 18 e 25 anos

Por Fábio Bittencourt

25/08/2025 - 3:33 h
A Bahia tem quase 5 milhões de consumidores inadimplentes, o que significa 43,4% da população adulta
A Bahia tem quase 5 milhões de consumidores inadimplentes, o que significa 43,4% da população adulta -

Pouco mais 638,2 mil baianos negociaram dívidas financeiras nos primeiros sete meses deste ano, um crescimento de 15,5% em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo levantamento da Serasa, a Bahia tem quase 5 milhões de consumidores inadimplentes, segundo dados de julho, ou 43,4% da população adulta.

O grande destaque do estudo, no entanto, é que o número de jovens entre 18 e 25 anos que firmaram acordos no estado saltou 62,1% nesse mesmo intervalo de tempo. De acordo com a especialista em educação financeira da Serasa, Aline Vieira, a tendência acompanha o cenário nacional.

Enquanto em todo o país, o aumento no número de negociações foi de 11,4%, a alta no percentual de consumidores da chamada Geração Z (nascidos entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010) que regularizaram débitos na plataforma Serasa Limpa Nome foi de 49%.

Segundo analistas ouvidos por A TARDE, esse cenário é resultado de uma combinação de fatores. Aline Vieira, da Serasa, fala que o aumento da participação dos jovens mostra que a educação financeira e o acesso facilitado à negociação têm feito diferença "para uma geração que ainda está aprendendo a lidar com as finanças"

"Muitos estão dando primeiros passos na vida profissional, e aproveitar os descontos agora pode evitar que as dívidas se transformem em um problema maior no futuro. Buscar a negociação mostra que essa geração está mais madura financeiramente, colocando o pagamento de contas e dívidas, por exemplo, como uma das prioridades com o dinheiro que têm atualmente”, afirma.

Planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), Édson Cerqueira destaca que o acesso ao crédito nunca foi tão fácil, principalmente por meio de cartões e compras online, "mas muitos jovens não receberam a devida orientação sobre como usar esse recurso de forma consciente".

Renda baixa e instável

Além disso, ele conta, a renda dessa faixa etária costuma ser mais baixa e instável, o que, somado ao custo de vida elevado e às altas taxas de juros, aumenta o risco de endividamento. "Outro ponto importante é o consumo impulsionado pelas redes sociais, que muitas vezes estimula escolhas imediatistas", diz Cerqueira.

O educador financeiro João Victorino vai na mesma linha de raciocínio. Ele afirma que a oferta de crédito está "cada vez mais sofisticada", e a concorrência entre fintechs, bancos tradicionais e até cooperativas do setor ampliou isso de forma "exacerbada".

"Porém, a educação financeira não tem o mesmo crescimento, ritmo e escala", ressalta Victorino.

"Veja que se você for olhar nos aplicativos dessas instituições, ainda é difícil encontrar conteúdos e ferramentas que ajudem as pessoas a não se enrolar, endividar, a prestar mais atenção na administração de suas contas", completa.

Trabalhador do comércio, Merlin da Silva, 25 anos, se complicou ao utilizar três cartões de crédito de bancos diferentes (e uma loja de departamento). Um dos plásticos ele, inclusive, deixou com a mãe, para fazer frentes às despesas mais urgentes em casa.

Fora isso, foi gasto com balada e "pequenas distrações". A "lição" foi ter o nome negativado, conta. "Confesso que ainda não busquei a regularização dos débitos, mas irei acessar os apps das instituições para verificar opções", diz.

A pesquisa da Serasa ouviu 2.923 participantes de 18 a 29 anos em todo o país, com um recorte para a região Nordeste. De acordo com o estudo, 59,3% dos jovens nordestinos são os principais responsáveis pelos próprios gastos mensais, e 35,6% ajudam nas contas de casa.

Entre os objetivos com o dinheiro, os principais são comprar um bem, como casa ou carro (46,8%), investir (32,6%) e pagar as contas básicas (31,7%).

"Mais da metade dos jovens (55,2%) no Nordeste afirmam que aprenderam a correr atrás de estabilidade financeira por terem crescido em um ambiente instável, adotando novos hábitos e buscando mais informações sobre educação financeira", pontua a especialista em educação financeira da Serasa, Aline Vieira.

"Seja como for, para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”, complementa Aline.

Organização financeira

Édson Cerqueira diz que entre as principais dicas para evitar perder o controle das contas domésticas, a primeira é ter clareza sobre o próprio orçamento. "Saber exatamente quanto se ganha e quanto se gasta. Organizar despesas fixas e variáveis, evitar comprometer mais do que 30% da renda com dívidas e criar o hábito de poupar, mesmo que valores pequenos, são atitudes fundamentais", fala.

"Outra dica é planejar compras, perguntar sempre se aquele gasto é realmente necessário, e comparar preços antes de decidir. Por fim, buscar informações sobre educação financeira, seja por cursos gratuitos, vídeos ou conteúdo online. Isso ajuda a criar uma relação mais saudável com o dinheiro desde cedo".

De acordo com a assessoria da Serasa, a instituição oferece 623 milhões de ofertas de negociação com descontos de até 90%, de mais de mil empresas parceiras de diferentes setores. As oportunidades estão disponíveis nos canais oficiais e podem ser fechadas de forma totalmente digital: no site www.serasalimpanome.com.br; no App Serasa: no Google Play e na App Store; ou através do WhatsApp: 11 99575–2096.

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