ECONOMIA
Odontologia: os negócios por trás de consultórios
Trabalhos como o do protético, laboratórios e de empresas de ortodontia são cruciais para clínicas
Por Inara Almeida*
Quando você senta na cadeira do dentista para fazer uma extração, limpeza ou harmonização facial, talvez não se dê conta, mas muitos profissionais atuaram antes para que os procedimentos aconteçam de forma segura e eficiente. Por trás dos consultórios, trabalhos como o do protético, laboratórios e de empresas de ortodontia são cruciais para o funcionamento das clínicas.
Até mesmo dentro das salas de atendimento, a presença de técnicos qualificados como os TSBs (técnicos de saúde bucal) são fundamentais para auxiliar a atuação dos dentistas por meio da manipulação de materiais, por exemplo. Outros profissionais da área de saúde, como enfermeiros e fisioterapeutas, também são requisitados.
De acordo com o dentista Danilo Ferraz, por ser uma área muito técnica, a odontologia sempre dependeu de materiais e equipamentos para oferecer um atendimento de excelência. Segundo Danilo, portanto, os dentistas são a “base da cadeia”.
“Existe todo um suporte atrás de outros profissionais e de equipamentos que auxiliam bastante no resultado final. Dentre eles, temos a parte protética. Toda vez que a gente faz uma prótese, a gente tem o apoio dos laboratórios. São os técnicos onde eles acabam resolvendo, confeccionando essas peças, porque você precisa ter uma estrutura diferente, para você trabalhar com uma porcelana você precisa ter um forno, ter uma fresadora, então, existe esse pilar”, pontua Ferraz.
Outro ponto de vista muito importante, na avaliação do dentista, são os profissionais e empresas de ortodontia que atuam no desenvolvimento de tecnologias para melhorar os resultados. Além disso, técnicos que dão diagnósticos, como em clínicas radiológicas, também são cruciais.
"A gente utiliza muito a tecnologia da tomografia, da mensuração de diagnóstico, então, a gente precisa muito dos radiologistas, dos técnicos, das clínicas de radiologia de imagem. Com essas imagens de alta resolução, conseguimos ter um diagnóstico mais preciso, assertivo na hora da cirurgia, da extração", esclarece Danilo
Rodrigo Dantas é protético e atesta: não existe um bom dentista sem um bom protético. Recém inserido na área, Rodrigo confessa que não conhecia a área, até ser apresentado por um amigo dentista. A profissão, segundo ele, é executar o planejamento que é feito para a boca.
Além da aptidão artística, que facilita o trabalho do protético - como no caso de Rodrigo - é necessário conhecimento laboratorial e clínico. “É um trabalho de extrema importância, que emprega muita gente nos laboratórios e precisa, acima de tudo, de muito diálogo com o dentista. Se não forem passadas todas as informações necessárias, não terá um resultado eficiente”, explica o protético.
Atividades secundárias
Além de todas as especialidades odontológicas e de harmonização facial, na clínica de Heliana Santiago existem as atividades secundárias, que envolvem profissionais como fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas.
Otimizar o tempo e atender a outras necessidades de saúde dos clientes foram os objetivos que motivaram a dentista a implantar outras atividades na clínica. Heliana pontua, porém, que não basta querer: é preciso liberação para inserir profissionais de outras áreas.
“Por muitas vezes, o paciente que está se tratando, que já tem uma relação com o dentista, acaba trazendo outras demandas de saúde. Coloquei profissionais da minha confiança e que eu posso indicar. Com esse acompanhamento mais de perto, o paciente também se sente mais cuidado", diz Santiago.
Sulamita Costa é fisioterapeuta e atende na clínica integrada de Heliana desde a inauguração, em 2020, e atua na parte de reabilitação para dor, microfisioterapia e dermato funcional.
Apesar de não parecer, os procedimentos se relacionam com a odontologia. "A reabilitação se relaciona diretamente com a odontologia porque proporciona melhora significativa de dor a curto prazo e também atuando no pós de procedimentos faciais, para evitar complicações", pontua a fisioterapeuta.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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