ECONOMIA
OEC negocia aporte financeiro para equilibrar estrutura de capital
A reestruturação foi concebida com perímetro restrito ao ambiente Brasil
Por Da Redação
A OEC iniciou a etapa formal para reestruturação de passivos e viabilização de aporte de caixa, por meio de recuperação judicial, com o objetivo de equalizar a estrutura de capital da construtora. De acordo com a empresa, "a iniciativa visa permitir o equacionamento da dívida e, ao mesmo tempo, incrementa seu fluxo de caixa dentro de um contexto favorável de retomada dos investimentos no setor de infraestrutura e construção pesada, que já se reflete no novo ciclo de crescimento da companhia", garante a OEC.
A reestruturação foi concebida com perímetro restrito ao ambiente Brasil. O processo não afeta a rotina operacional dos contratos em curso ou a execução de novos. O formato para viabilizar a concessão do crédito por investidor financeiro foi o financiamento na modalidade DIP Financing (debtor-in-possession), um aporte de caixa que ocorre num ambiente protegido sob supervisão judicial.
"O financiamento em negociação pode chegar a R$ 650 milhões, e será destinado para: (i) equacionar o endividamento existente; (ii) reforçar o fluxo de caixa da OEC; e (iii) fomentar suas atividades, com a injeção de liquidez para financiar projetos, obter garantias e assegurar capital de giro para viabilizar a conquista de novos projetos", diz a declaração da empresa.
Tendo em vista as negociações prévias com parte expressiva dos principais credores financeiros, a recuperação judicial poderá ser implementada de forma mais célere e controlada, em prazo inferior àquele usualmente necessário em iniciativas desse porte. “O foco central é reestruturar US$ 4,6 Bi em passivos financeiros e operacionais, além de operações antigas dentro do mesmo grupo (intercompany)”, detalha Lucas Cive, CFO da empresa.
“Esta estrutura mostrou-se como a mais apropriada para adequação dos passivos e viabilização de uma captação de novos recursos”, afirma Maurício Cruz Lopes, presidente da OEC. “A iniciativa fortalece a OEC não apenas nos projetos em andamento e na conquista de novos, como também no atendimento a credores e fornecedores”.
A formatação da reestruturação e da parceria para aporte de caixa é resultado de um amplo planejamento construído com a participação de algumas das mais experientes assessorias especializadas, como Lazard, Cleary Gottlieb, E. Munhoz Advogados, RK Partners e Stocche Forbes Advogados.
Atualmente, a OEC possui 31 obras ativas, sendo 21 no Brasil e 10 no exterior, empregando mais de 15 mil profissionais diretos e indiretos, com uma carteira de projetos assinados de US$ 4,6 bilhões, podendo superar US$ 5 bilhões no presente ano. De 2020 a 2023, a ampliação média anual da carteira de projetos foi de 60%, marca que será superada no exercício atual.
Holding Novonor
A reestruturação planejada pela OEC será um processo completamente apartado da recuperação judicial em andamento no âmbito da Novonor S.A., holding controladora, cujos compromissos vêm sendo cumpridos junto aos credores nos termos do plano aprovado em 2020. Também não se relacionará de nenhuma forma com as operações de outras empresas do grupo, a exemplo da OR, que atua no setor imobiliário, e da Nova Infra Invest, responsável pela estruturação e operação de concessões no Brasil e no exterior.
Sobre a OEC
Prestes a completar 80 anos, a OEC é uma construtora baiana responsável pela execução de mais de três mil obras em 35 países ao redor do mundo, a exemplo de usinas, metrôs, ferrovias, pontes, aeroportos e refinarias. Em vinte oportunidades teve obras premiadas com o Global Best Projects, concedido pela revista norte-americana ENR – Engineering News-Record, sendo considerada a mais relevante distinção da engenharia mundial.
Nos últimos cinco anos, a empresa conquistou mais de R$ 20 bilhões em novos contratos. Desde 2021 é certificada com a ISO 37001, que atesta práticas antissuborno e de Integridade em nível internacional. Em 2022, recebeu o selo Infra+ Integridade, oferecido pelo Ministério da Infraestrutura, e, em 2023, obteve o Selo Pró-Ética, iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Instituto Ethos que visa a promoção de um ambiente corporativo mais ético, íntegro e transparente. Atualmente, emprega mais de 15 mil pessoas de diferentes nacionalidades em obras espalhadas por países das Américas e da África.
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