Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > ECONOMIA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

ECONOMIA

OGX, de Eike Batista, confirma calote de US$ 45 milhões

Por Agência Estado

01/10/2013 - 12:01 h | Atualizada em 19/11/2021 - 5:29

A OGX, de Eike Batista, optou por não pagar os juros remuneratórios referentes às Senior Notes emitidas pela OGX Austria no valor de US$ 45 milhões, que venceriam nesta terça-feira, 1. O bônus possui, entretanto, cláusula que dá ao emissor prazo de 30 dias para honrar o compromisso, como havia antecipado reportagem do Broadcast, sérvio de informações em tempo real da Agência Estado, com fontes, na segunda-feira, 30 de setembro. Depois desse prazo, a empresa está sujeita à aceleração do pagamento de outras dívidas, especialmente as bancárias, e pode ser levada à falência. No final de junho, a dívida da OGX com bancos somava R$ 8,7 bilhões, de acordo com o balanço da companhia.

Em fato relevante enviado nesta terça-feira ao mercado, a petroleira do grupo do empresário Eike Batista diz que se encontra “em processo de revisão de sua estrutura de capital relacionada, por sua vez, à revisão do seu plano de negócios”, o que teria motivado a opção pelo não pagamento das parcelas referentes aos juros remuneratórios dos bonds no exterior. Os banco de investimentos contratados para discussões com os detentores desses títulos são Lazard e o Blackstone.

As ações da OGX abriram com queda de 4,76% nesta terça-feira, renovando a mínima história ao atingir a cotação de R$ 0,20. Ontem, os papeis da petroleira de Eike Batista fecharam em queda de 25%, a R$ 0,21. Às 11h42 as ações da empresa subiam 9,52% e eram cotadas a R$ 0,23.

Entenda

Eduardo Boccuzzi, da Boccuzzi Associados, explica que, em geral, os contratos de financiamento, especialmente de bancos, possuem cláusulas de “cross default”, ou seja, se uma dívida não é paga, as demais dívidas também vencem antecipadamente. “Diante do cenário desenhado até agora, pode-se deduzir que o caminho natural é o pedido de recuperação judicial, para que a companhia renegocie toda a dívida, no atacado, e evite o pedido de falência pelos credores.”

Por isso, a OGX já teria tomado algumas atitudes recentemente, como a nomeação do novo diretor financeiro e de Relações com Investidores, Paulo Narcélio Simões Amaral, no último dia 23, e a contratação da consultoria financeira independente Lazard para trabalhar junto com a Blackstone na reestruturação o passivo.

Uma fonte do mercado de dívida com proximidade aos credores externos disse na sexta-feira que a renegociação dos US$ 3,6 bilhões em dívida externa da OGX acontecerá durante o processo de recuperação judicial e que as discussões da empresa com os credores externos continuam em fase inicial.

A mesma fonte disse ainda que a proposta de transformar em capital acionário o passivo de bônus externos não é descartada, mas precisa ser trabalhada. Segundo um advogado, essa opção é uma “cortina de fumaça” e não teria sentido porque seria difícil converter toda a dívida e se, apenas parte dela fosse trocada, continuaria não existindo a garantia do pagamento dos bônus.

Para um profissional de dívida isso também traria muita resistência dos detentores de ações que procurariam conturbar as negociações com ações judiciais para impedir a diluição das ações.

“O maior desafio nesse momento é conseguir que o campo de Tubarão Martelo produza o mais rápido possível, o que traria benefício aos credores da OGX e aos credores da OSX”, disse um outro profissional do mercado de dívida. O campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, é o único em fase de desenvolvimento que teve seu cronograma mantido pela petroleira de Eike Batista.

Para conseguir viabilizar a operação, a companhia precisa renegociar sua dívida e de uma injeção de dinheiro novo, talvez por meio da petrolífera malaia Petronas, acrescentou a fonte, lembrando que os processos de renegociação de dívida que envolvem muitos credores, normalmente, são longos. Entre os maiores credores externos da OGX estão Pimco e BlackRock, que têm papéis da companhia distribuídos em fundos.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Mineração: Bahia sediará evento histórico que contará com pregão da Bolsa de Toronto

Play

Megan, a "filha digital" da Bahia que revoluciona a segurança com IA

Play

Cuidado com o leão! Saiba como o animal se tornou símbolo do IR

Play

Amazon lança relatório e fala dos mais de 100 mil parceiros no Brasil

x