ECONOMIA
Petrobahia investirá quase R$ 1 bi em 1ª biorrefinaria a base de milho
Estado será o primeiro a fabricar álcool derivado do cereal
Por Da Redação
A Bahia receberá a primeira biorrefinaria de milho do Brasil e será o primeiro estado a fabricar álcool derivado do cereal, em um sistema integrado de produção de energia e alimentos.
O anúncio oficial sobre a implantação da empresa será feito na quinta-feira, 7, pelo presidente da Petrobahia, Thiago Andrade, durante a AgroRosário, considerada a segunda maior feira agrícola do estado, realizada no município de Correntina.
O investimento global do projeto, em parceria com a Impacto Bioenergia, a J&H Sementes e a ICM, é de R$ 908 milhões, dividido em R$ 520 milhões para a construção da unidade de processamento, R$ 120 milhões para estocagem de milho e R$ 268 milhões na planta para a cogeração de energia.
A previsão para o início do funcionamento é no segundo semestre de 2026. A unidade ficará situada entre os distritos de Rosário e Brejão, região limítrofe entre os municípios de Correntina e Jaborandi, próximo ao estado de Goiás.
A Bahia, atualmente, importa 80% de todo etanol, anidro e hidratado, que consome, seja de Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco ou Alagoas. Os 20% restantes são produzidos no território baiano pela Agrovale, Santa Maria e Bahia Etanol (BEL). O projeto Farol, que será instalado na fábrica, produzirá 40% da atual demanda baiana por etanol.
Planta autossustentável
A geração de energia para operação da unidade será por autogeração. “Do ponto de vista de sustentabilidade, os produtos que serão fabricados na Farol, a exemplo do CO2, óleo vegetal e etanol, são todos matérias-primas para a produção de biocombustíveis de 2ª geração: diesel renovável (HVO), e-metanol e o querosene de aviação sustentável (SAF)”, informa o presidente da Petrobahia, Thiago Andrade.
Localizada no Oeste baiano, a planta terá capacidade, na sua primeira fase, de processar 600 mil toneladas de milho e produzir 258 mil m3 de etanol anidro por ano, além de 180 mil t/ano de DDGS e 9 mil m3/ano de óleo de milho para fins industriais.
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