SETOR NAVAL
Petrobras anuncia encomendas para construção de 38 barcos até 2030
O valor total do investimento ao setor naval é de R$ 2,5 bilhões
Por Da Redação
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 18, uma série de encomendas de navios de apoio para o afretamento de 38 barcos para serem construídos até 2030. O valor total do investimento ao setor naval é de R$ 2,5 bilhões.
Segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates, as licitações, que começam a ser lançadas ainda neste mês, terão contratos indutivos e não compulsórios à contratação dos estaleiros nacionais.
“Essas formas de contratar são indutivas ao conteúdo local e não necessariamente compulsórias”, disse o CEO à imprensa no lançamento do “Mapa dos Estaleiros”, elaborado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).
A encomenda dos navios faz parte do plano de negócios 2024-2028 da Petrobras, que prevê 200 barcos de apoio para substituição de contratos vigentes e modernização da frota. As contratações incluem o afretamento de 12 navios de apoio a plataformas (PSVs, na sigla em inglês) que tiveram as licitações lançadas este mês. Outros 11 PSVs serão contratados para entrega depois de 2030. Também há previsão de lançar ainda este ano a contratação de mais 10 navios de combate a derramamento (OSRVs).
Enseada de Paraguaçu
Com o anúncio das encomendas, há expectativa de que o Enseada do Paraguaçu, localizada em Maragogipe, na Bahia, possa ser um dos estaleiros que voltem a ter demandas da estatal. Atualmente, a operação está limitada a menos de 15% da área do complexo industrial e apenas 200 trabalhadores atuam no local.
A empresa, que tem capacidade para performar projetos de construção naval & offshore, com investimento de R$ 3 bilhões, foi responsável por empregar mais de 5 mil trabalhadores.
Previsão
Prates afirmou ainda que neste momento, sete navios Floating Production Storage and Offloading (FPSO) estão em fase de estudos e três estaleiros já estão com elevada demanda.
No começo de 2025, deve ser lançado o edital para sete navios de apoio para operações remotas (RSVs). A empresa também está em análises preliminares para a contratação de navios rebocadores (AHTS), mas a previsão é que as concorrências para essas embarcações sejam lançadas apenas em 2025.
As especificações técnicas para as contratações têm objetivo de reduzir as emissões, com foco na propulsão híbrida, com motores geradores a diesel com baterias ou gás natural liquefeito (GNL).
Prates afirmou que o governo espera anunciar ainda no primeiro semestre deste ano um programa para fortalecimento da indústria naval nacional, no modelo de um “PAC do mar”. Ele ressaltou que a Petrobras participa das discussões, mas que as medidas serão definidas pelo governo federal.
“Estamos trabalhando agora para nos próximos meses ter um conjunto de medidas que envolvem medidas da área econômica, da área fiscal, do próprio Banco Nacional de Desenvolvimento e de outros financiamentos”, afirmou.
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